Leitura de rótulos de alimentos por frequentadores de um estabelecimento comercial
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2017.2.24220Palavras-chave:
rotulagem de alimentos, informação nutricional, hábitos alimentaresResumo
Objetivo: Avaliar se os frequentadores de um estabelecimento comercial têm o hábito de ler e se conseguem compreender a rotulagem nutricional dos alimentos.
Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado em 2012 e 2013, com 227 indivíduos selecionados e entrevistados aleatoriamente em um estabelecimento comercial alimentício de Caxias do Sul-RS. O questionário aplicado avaliou o nível socioeconômico, hábito e motivo de leitura, principal informação observada, critérios de escolha dos alimentos, entre outros. A associação entre as variáveis foi analisada através do teste qui-quadrado, utilizando o software SPSS versão 19.0.
Resultados: A amostra foi formada principalmente por consumidores do gênero feminino, casados, com menos de 30 anos, com ensino superior completo e renda mensal acima de R$1.500,00. A maioria (70%) possui o hábito de leitura e 40,5% o fazem no supermercado. A informação nutricional mais lida é o valor calórico, motivada pela busca por uma alimentação saudável. A internet é a fonte de informação mais utilizada para a busca de conhecimentos sobre alimentação e nutrição. Qualidade e sabor do alimento são os critérios mais destacados pelos clientes na hora da compra do alimento. Entre os entrevistados, 39,2% diz ter 30 minutos para a realização das compras, tempo suficiente para efetuar a leitura dos rótulos. Os indivíduos dizem utilizar as informações encontradas para manter uma alimentação saudável, porém, não acreditam conhecer o suficiente de nutrição.
Conclusão: O hábito de leitura está presente entre os entrevistados, que utilizavam a declaração nutricional para orientação alimentar com o objetivo de manter uma dieta saudável. Entretanto, os participantes não acreditam ter conhecimento suficiente de nutrição para a compreensão das informações contidas nos rótulos.
Referências
Pontes TE, Costa TF, Marum ABRF, Brasil ALD, Taddei JAAC. Orientação nutricional de crianças e adolescentes e os novos padrões de consumo: propagandas, embalagens e rótulos. Rev Paul Pediatr. 2009;27(1):99-
https://doi.org/10.1590/S0103-05822009000100015
Nascimento CS. Validação de um instrumento de avaliação da compreensão da rotulagem nutricional pelo consumidor [monografia]. Brasília: Universidade de Brasília; 2004.
Souza SMFC, Lima KC, Miranda HF, Cavalcantil FID. Utilização da informação nutricional de rótulos por consumidores de Natal, Brasil. Rev Panam Salud Publ. 2011;29(5):337-43.
Carvalho JLV, Dias PDF, Oliveira AT, Amorim E. Orientação para rotulagem de alimentos. São Paulo: ABIMA/EMBRAPA; 2006.
Brasil. Resolução RDC 360, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, tornando obrigatório a rotulagem nutricional [Internet]. DOU. 2003 Dez [citado em 2013 Maio 31]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/1c2998004bc50d62a671 ffbc0f9:d5b29/RDC_N_360_DE_23_DE_DEZEMBRO_DE_2003. pdf?MOD=AJPERES
Lobanco CM, Vedovato GM, Cano CB, Bastos DHM. Fidedignidade de rótulos de alimentos comercializados no município de São Paulo, SP. Rev Saúde Pública. 2009;43(3):499-505. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000300014
Segat ETL, Alves MK. Análise da veracidade da informação referente
ao teor de vitamina C contida no rótulo de sucos de laranja
industrializados e preparados sólidos para refresco. Nutr Pauta.
;11:27-30.
Camara MCC. Análise crítica da rotulagem de alimentos Diet e Light no Brasil [dissertação]. Rio de Janeiro: Fundação Oswald Cruz/Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca; 2007.
Garcia PPC, Carvalho LPS. Análise da rotulagem nutricional de alimentos Diet e Light. Ensaios e C. 2011;15(4):89-103.
Álvares F, Araújo WM, Borgo LA, Barros LM. Informações nutricionais em rótulos de queijos industrializados. Hig Aliment. 2005;19(131):25-33.
Leonardi DS, Feres MBC, Portari GV, Jordão AA. Determinação do valor energético de hambúrgueres e almôndegas através da calorimetria direta e da composição centesimal. Comparação com informações nutricionais apresentadas nas embalagens. Biosci J. 2009;25(5):141-8.
Takahashi AA, Abreu ES. Avaliação da fidedignidade de informações nutricionais de bentos comercializados em um bairro oriental de São Paulo – SP. In: VIII Jornada da Iniciação Cientifica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo; 2011.
Sauerbronn ALA. Análise laboratorial da composição de alimentos processados como contribuição ao estudo da rotulagem nutricional obrigatória de alimentos e bebidas embalados no Brasil [dissertação]. Rio de Janeiro: INCQS/FIOCRUZ; 2003.
Silva MZT. Influência da rotulagem nutricional sobre o consumidor [dissertação]. Recife: Universidade Federal de Pernambuco; 2003.
Cassemiro IA, Colauto NB, Linde GA. Rotulagem nutricional: quem lê e por quê? Arq Ciên Saúde Unipar. 2006;10(1):9-16.
Machado SS, Santos FO, Albinati FL, Santos LPR. Comportamento dos consumidores com relação à leitura de rótulos de produtos alimentícios. Alim Nutr. 2006;17(1):97-103.
Cavada GS, Paiva FF, Helbig E, Borges LR. Rotulagem nutricional: você sabe o que está comendo? Braz J Food Technol. 2012; IV SSA:84-88.
Pinheiro FA, Cardoso WS, Chaves KF, Oliveira ASB, Rios AS. Perfil de consumidores em relação à qualidade de alimentos e hábitos de compras. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde. 2011;13(2): 95-102.
Cavada GS, Zanella R, Demoliner F, Orlandi S, Borges LR. Os consumidores leem os rótulos dos alimentos que consomem? Um estudo preliminar. In: Anais do XX Congresso de Iniciação Científica e III Mostra Científica da UFPEL. Pelotas; 2011.
Marins BR, Jacob SC, Peres F. Avaliação qualitativa do hábito de leitura e entendimento: recepção das informações de produtos alimentícios. Ciên Tecnol Aliment. 2008;28(3):579-85. https://doi.org/10.1590/S0101- 20612008000300012
Monteiro RA, Coutinho JG, Recine E. Consulta aos rótulos de alimentos e bebidas por frequentadores de supermercados em Brasília, Brasil. Rev Panam Salud Publ. 2005;18(3):172-7. https://doi.org/10.1590/S1020-49892005000800004
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Ciência & Saúde implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Ciência & Saúde como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Ciência & Saúde o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Ciência & Saúde apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.