Estado punitivo brasileiro: a indeterminação entre democracia e autoritarismo

Autores

  • Débora Regina Pastana UFU

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2013.1.9039

Palavras-chave:

Estado punitivo. Democracia. Autoritarismo.

Resumo

O tema central deste artigo é o crescente investimento no combate ao crime pelos atuais governos democráticos brasileiros, o que contribui para consolidar, também entre nós, a figura do “estado punitivo”. O atual arranjo capitalista generaliza-se quase que instantaneamente em todo o globo, atrelando o sucesso dos empreendimentos econômicos à nova face da política criminal. Nesse sentido, o estado punitivo passa a caracterizar uma ambiguidade que simbolicamente é o retrato do momento político contemporâneo. Dito de outra forma, em torno desse modelo de controle misturam-se conceitos absolutamente contraditórios como democracia e autoritarismo. Inserido nas recentes reflexões sociológicas de Loïc Wacquant, David Garland, Nils Christie, Zygmunt Bauman e Giorgio Agamben, entre outros, esse tema começa a ser discutido também pela comunidade acadêmica nacional. O artigo, portanto, tem como objetivo abordar o que se convencionou chamar de “estado punitivo”, figura política que se ajusta às transformações econômicas, sociais e culturais já em curso nos últimos trinta anos e que desponta no Brasil como forma cada vez mais hegemônica de controle social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Débora Regina Pastana, UFU

Doutora em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), é professora do Instituto de Ciências Sociais e membro do corpo docente permanente dos PPGs em Ciências Sociais e de Direito Público da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Uberlândia, MG, Brasil, e coordena o grupo de estudos sobre violência e controle social (Gevico) <http://www.gevico.sociais.ufu.br/>. A pesquisa contou com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU.

Downloads

Publicado

2013-08-08

Como Citar

Pastana, D. R. (2013). Estado punitivo brasileiro: a indeterminação entre democracia e autoritarismo. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 13(1), 27–47. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2013.1.9039