Individualismo, violência criminal e a construção social da vida cotidiana
DOI:
https://doi.org/10.15448/2177-6784.2015.2.21523Palavras-chave:
Violência, Violência criminal, Individualismo, Martin Buber, Vida cotidiana.Resumo
No presente ensaio discutimos a relação entre a violência criminal e a construção social da vida cotidiana. Ao longo da nossa reflexão buscamos demostrar como o enraizamento da violência criminal, no contexto de Belém-PA, influencia em até o que se pode denominar de “pequenas coisas” de vida cotidiana, desde o simples fato de não sair numa determinada hora à rua, até ao que se denomina de “arquitetura de medo”, caracterizada, por um lado, por uma paisagem de casas, pontos comerciais e prédios públicos protegidos o tempo inteiro por elementos como grades e cercas elétricas, por outro, pela proliferação de condomínios fechados, consolidando-se uma política de segregação social.
Referências
ADORNO, Sérgio. “Exclusão socioeconômica e violência urbana”. Sociologias, Ano 4, n° 8, 2002a, p. 84-135.
ADORNO, Sérgio. “Crime e violência na sociedade brasileira contemporânea”. Jornal de Psicologia-PSI, n° 132, 2002b, p. 7-8. Disponível em http://www.nevusp.org/downloads/down103.pdf, acesso no dia 06.08.2014.
ADORNO, Sérgio; BORDINI, Eliana. B. T; LIMA, Renato Sérgio. “Adolescência e as mudanças na criminalidade urbana”. Revista São Paulo em Perspectiva, Vol. 13, nº 4, 1999, p. 62-74.
ADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Max. A dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
BERGER, Peter e LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de sociologia de conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2004.
BUBER, Martin. Eu e Tu. São Paulo: Centauro, 2001.
BUBER, Martin. Eclipse de dios: estudios sobre las relaciones entre religión e filosofía. Buenos Aires: Nueva Visión, 1984.
CALLES, Roger. Martin Buber: “Una alternativa al individualismo”. Em:
BUBER. Martin. El camino del hombre. Buenos Aires: Altamira, 2004, p. 9-53.
EUSÉBIO, Albino José. “A complexidade dos problemas sociais e a Interdisciplinaridade no fazer sociológico: A culpabilidade em Paul Ricoeur e a análise sociológica sobre a reincidência criminal”. Trabalho apresentado no XXIX Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais (ENECS), Universidade Estadual de Maranhão (UEMA), São Luís/MA, 2014.
EUSÉBIO, Albino José. Crime, lei e culpabilidade: Uma abordagem sociológica sobre a reincidência criminal. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Belém, 2015.
FERREIRA, Angelita Rangel. “Crime, prisão, liberdade e crime, o círculo perverso da reincidência no crime”. Serv. Soc. Soc., n° 107, 2011, p. 509-534.
MARINO, Juan Mário Fandino. “Análise comparativa dos efeitos da base socioeconômica, dos tipos de crime e das condições de prisão na reincidência criminal”. Sociologias, Ano 4, n° 8, 2002, p. 220-244.
MENDONÇA, K.M.L. “Entre a dor e a esperança: educação para o dialogo em Martin Buber”. Memoradum, n° 17, 2009, p. 45-59.
MENDONÇA, K.M.L. “Televisão: Da profusão de imagens a cegueira ética”. Revista FAMECOS. Porto Alegre, Vol. 20, n. 1, 2013a, p. 179-192.
MENDONÇA, K.M.L. “Entre a dor e a esperança: Educar em meio à barbárie”. Em: _______ Valores para a Paz. Belém: UFPA/EditAEDI, 2013b, p. 35-58.
MISSE, Michel. “Crime e pobreza: Velhos enfoques novos problemas”. Trabalho apresentado no Seminário: Brasil em perspectiva: os anos 90. Laboratório de Pesquisa social do Departamento de ciências sociais do IFCS-UFRJ, 1993.
RICOEUR, Paul. “Le sentiment culpabilité: sagesse ou nevrose. Dialogue avec Marie de Solemne”. Em: Marie de Solemne (Org.). Innocente culpabilité. Paris: Dervy. 1998
RICOEUR, Paul. Finitud e culpabilidad. Madrid: Trotta, 2004.
RICOEUR, Paul. O mal um desafio à filosofia e à teologia. São Paulo: Papirus, 1988.
TAVARES, Diego Amador. A arquitetura do medo: memorias da paz e o cotidiano da insegurança no Bairro Sacramenta - Belém. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Belém, 2014.
VELHO, Gilberto. “O desafio da violência”. Estudos Avançados, Vol. 14, n° 39, 2000a, p. 56-60.
VELHO, Gilberto. “Individualismo, anonimato e violência na metrópole”. Horizontes Antropológicos, Ano 6, n° 13, 2000b, p. 15-29.
VELHO, Gilberto. Projeto e metamorfose, antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
WIEVIORKA. Michel. “O novo paradigma da violência”. Tempo Social, Vol. 9, n° 1, 1997, p. 5-41.
WIEVIORKA. Michel. “Violência hoje”. Ciência e Saúde Coletiva. 11 (sup), 2007, p. 1147-1152.
ZALUAR, Alba. “Juventude violenta: processos, retrocessos e novos percursos”. Dados – Revista de Ciências Sociais, Vol. 55, n° 2, 2012, p. 327-365.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Sistema Penal & Violência implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Sistema Penal & Violência como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Sistema Penal & Violência o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Sistema Penal & Violência apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.