A sedução da letra: Antropotécnica e violência desde o ideário pós-epistolar de Peter Sloterdijk
DOI:
https://doi.org/10.15448/2177-6784.2014.2.18642Palavras-chave:
Zoopolítica. Antropotécnica. Humanismo. Cinismo. Violência.Resumo
O presente artigo desenvolve uma análise do ideário de Peter Sloterdijk, conferindo-se destaque à obra Regras para o Parque Humano. Nessa perspectiva, as antropotécnicas, técnicas de domesticação e produção humana, colocam em pauta uma decisão política fundamental sobre a espécie frente ao colapso do humanismo, este que fora atacado desde a Crítica da Razão Cínica. Sloterdijk aventa a hipótese de utilizar a engenharia genética como alternativa mediadora da violência no mundo atual, cuja responsabilidade se atribuí à indústria do entretenimento. Além disso, Sloterdijk reivindica a retomada do centro de influência cultural tutelado pelos EUA desde 1945, procurando entrar numa disputa política, filosófica e cultural. Tal problemática diz respeito ao pensamento político criminológico brasileiro, tendo em vista que a Lei 12.654/2012 passou a prever a hipótese de extração compulsória de material genético em caso de crime violento contra a pessoa, fortalecendo em nosso território o modelo de governo denominado Zoopolítico.Referências
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