Acervos literários digitais ou O pesquisador como artista

Notas sobre uma caderneta de Clarice Lispector

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2526-8848.2022.1.42314

Palavras-chave:

Acervos digitais, Materialidade da literatura, Posteridade, Clarice Lispector

Resumo

Este artigo pretende refletir sobre a continuidade da obra de um autor através do arquivo, enfocando o pesquisador como sujeito responsável pela atualidade desse lugar. Partindo de uma apresentação do arquivo na chave entre espaço habitado por espectros – e pelos agentes que por ele transitam – são levantadas questões que tangem as contrastantes experiências de manusear os documentos física e virtualmente, sobretudo com o aumento de acervos digitais. Essa última questão é exemplificada a partir do trabalho de pesquisa de uma caderneta inédita de Clarice Lispector, sob a guarda do Instituto Moreira Salles, cujo acesso se deu pela digitalização do documento original, engendrando dificuldades e possibilidades nessa nova forma de visitar o arquivo, revelando caminhos que o pesquisador pode traçar para encurtar essa distância.

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Biografia do Autor

Clara Lopes Pereira, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Mestranda em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil, onde participa do grupo de estudos lacuna e estuda a obra de Clarice Lispector a partir do arquivo.

 

Elizama Almeida, Universidade de Coimbra (UC), Coimbra, Portugal.

Mestre em Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil, onde criou o site Museu da Literatura Brasileira (

https://museudaliteratura.com.br) e participa do grupo de estudos lacuna. Doutoranda no Programa Materialidades da Literatura, na Universidade de Coimbra (UC), em Coimbra, Portugal. Pesquisadora do Instituto Moreira Salles.

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Publicado

2022-11-18

Edição

Seção

Temathis (Dossiê temático)