A imagem pictórica no meio do redemunho de João Guimarães Rosa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2526-8848.2022.1.42120

Palavras-chave:

Efeito quadro, Grande Sertão: Veredas, Marcador pictórico

Resumo

O presente trabalho tem o objetivo principal de investigar a presença de marcadores pictóricos no romance Grande Sertão: Veredas (1956), de João Guimarães Rosa, a partir da escala tipológica de saturação pictural do texto desenvolvida por Liliane Louvel (2006; 2012). Em especial, a análise é pautada em três representações do “efeito quadro” presentes nas identidades principais do narrador do corpus em questão: Riobaldo, Tatarana e Urutú Branco. Pretende-se evidenciar que a afinidade com as artes visuais, em especial a pintura, não é algo aleatório nas obras rosianas, mas sim um procedimento construído de forma consciente, sendo, portanto, um elemento interno à produção literária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wanessa Rayzza Loyo da Fonseca Marinho Vanderlei, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil.

Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, PE, Brasil; especialista em Orientação Educacional, Supervisão e Gestão Escolar pelo Centro Universitário Internacional (Uninter), em Recife, PE, Brasil; licenciada em Língua Portuguesa e bacharel em Crítica Literária pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, PE, Brasil; doutoranda em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, PE, Brasil.

Referências

BARTHES, Roland. El espíritu de la letra. In: BARTHES, Roland. Lo obvio y lo obtuso: imágenes, gestos, voces. Barcelona: Paidós Comunicación, 1986. p. 103-107.

ECO, Umberto. Sobre os espelhos e outros ensaios. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

LESSING, Gotthold Ephraim. Laocoonte ou sobre as fronteiras da pintura e da poesia: com esclarecimentos ocasionais sobre diferentes pontos da história da arte antiga. Introdução, tradução e notas de Márcio Seligamnn-Silva. São Paulo: Iluminuras, 2011.

LOUVEL, Liliane. Nuanças do pictural. Tradução de Márcia Arbex. In: DINIZ, Thaïs Flores Nogueira (org.). Intermidialidade e estudos interartes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012. p. 47-69.

LOUVEL, Liliane. A descrição “pictural”: por uma poética do iconotexto. In: ARBEX, Márcia (org.). Poéticas do visível: ensaios sobre a escrita e a imagem. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, 2006. p. 191-220.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2004.

NUNES, Benedito. Bichos, plantas e malucos no sertão rosiano. In: PINHEIRO, Victor Sales. A Rosa o que é de Rosa: literatura e filosofia em Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: DIFEL, 2013. p. 279-297.

PAULINO, Sibele; SOETHE, Paulo Astor. Artes visuais e paisagem em Guimarães Rosa. Revista Letras, Curitiba, v. 67, p. 41-53, 2005.

ROSA, João Guimarães. Do diário em Paris. In: ROSA, João Guimarães. Ave, Palavra. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 117-124.

ROSA, João Guimarães. Famigerado. In: ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Ediouro, 2011. p. 55-59.

ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

SARAIVA, Francisco Rodrigues dos Santos. Novíssimo dicionário latino-português. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 2006.

VITAL, Michelle Jácome Valois. O presépio no meio do redemunho: intersemiose, poesia e epifania em Guimarães Rosa. 2016. Tese (Doutorado em Teoria da Literatura) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.

Downloads

Publicado

2022-05-25

Edição

Seção

Libera (Seção livre)