As falácias da eliminação do sofrimento e seus efeitos subjetivos
Palavras-chave:
psicanálise, laço social, discurso tecnocientífico, resto, dessubjetivação, sujeito, mal-estarResumo
Analisamos como se apresentam as incidências do discurso do capitalista sobre as respostas que o sujeito tenta contestar frente aos imperativos de um discurso. Tomamos como pressuposto, o dado que o discurso da ciência se une ao da tecnologia em uma conjunção híbrida afetando a verdade e o saber, tomados como uma marca da subjetivação, hoje em crise. Neste sentido, apresentamos a relação entre os ideais de felicidade da cultura e a constante insistência do resto como causa de um mal-estar inassimilável. Analisamos como a tecnociência responde a este mal-estar carregando consigo o estatuto de uma Verdade pronta para o consumo privilegiando o artifício tecnológico e a engenharia genética. O sujeito fica então, submerso sob um imperativo superegóico que lhe petrifica num mandamento de gozar sem tréguas. Verdadeiramente, se no discurso capitalista o Outro não existe como aquele que pode sustentar uma função estrutural significante, o sujeito fica refém de uma ideologia anônima. Concluímos que a ordem do Amo capitalista é que se pode apreender o resto por meio de uma relação sem embaraço com os objetos de consumo. No entanto, a psicanálise explica que domesticar o resto é uma falácia do discurso capitalista, já que o real não se deixa capturar pela consciência. As consequências disto são as constantes irrupções do real nos atos de violência contra o próximo, tão constantes em nossa sociedade.Downloads
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