Passos para a elaboração de instrumentos de escolha forçada do tipo rank

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2024.1.40882

Palavras-chave:

Desejabilidade Social, Psicometria, Validade dos Testes

Resumo

Os instrumentos no formato de escolha forçada têm se mostrado bastante úteis na prevenção do falseamento das respostas. No entanto, mesmo sabendo que a vantagem do controle deste viés é bastante útil em diversos contextos de atuação do psicólogo, o número de instrumentos psicológicos neste formato e artigos brasileiros sobre esta temática ainda é escasso. O presente artigo tem como objetivo fomentar esta discussão, trazendo informações sobre as principais etapas presentes na construção de um instrumento de escolha forçada do tipo RANK, com vistas a auxiliar os pesquisadores em sua execução. As etapas da criação dos blocos de respostas e a forma de análise da desejabilidade social dos itens são alguns dos tópicos discutidos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paloma Pereira de Almeida, Pesquisadora autônoma, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, PE, Brasil. Professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; e Universidade de São Paulo / Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq), em Piracicaba, SP, Brasil. Consultora da ASeleta – consultoria especializada em gestão de pessoas e líderes.

Juliane Callegaro Borsa, Pesquisadora autônoma, Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Psicóloga em consultório privado.

J. Landeira-Fernandez, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Doutor em Neurociências e Comportamento pela University of California at Los Angeles (UCLA), em Los Angeles, Estados Unidos; mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SP, Brasil. Professor Titular do Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Pesquisador do CNPq e Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ.

Referências

Alexandre, N. M. C., & Coluci, M. Z. O. (2011). Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciência & Saúde Coletiva, 16(7), p. 3061-3068. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000800006

American Educational Research Association, American Psychological Association, National Council on Measurement in Education. (2014). Standards for educational and psychological testing (6. ed.). American Educational Research Association.

Borsa, J. C., & Size, M. M. (2017). Construção e Adaptação de Instrumentos Psicológicos: dois caminhos possíveis. In B. F. Damásio, & J. C. Borsa, Manual de Desenvolvimento de Instrumentos Psicológicos (pp. 15-37). Vetor.

Brown, A. (2014). Item Response Models for Forced-Choice Questionnaires: A Common Framework. Psychometrika, 81(1), 135-160. https://doi.org/10.1007/s11336-014-9434-9

Brown, A., & Maydeu-Olivares, A. (2011). Item Response Modeling of Forced-Choice Questionnaires. Educational and Psychological Measurement, 71(3), 460-502. https://doi.org/10.1177/0013164410375112

Brown, A., & Maydeu-Olivares, A. (2012). Fitting a Thurstonian IRT model to forced-choice data using Mplus. Behavior Research Methods, 44(4), 1135-1147. https://doi.org/10.3758/s13428-012-0217-x

Brown, A., & Maydeu-Olivares, A. (2013). How IRT Can Solve Problems of Ipsative Data in Forced-Choice Questionnaires. Psychological Methods, 18(1), 36-52. https://doi.org/10.1037/a0030641

Brown, A., & Maydeu-Olivares, A. (2018). Modeling forced-choice response formats. In P. Irwing, T. Booth, & D. Hughes (Eds.), The Wiley Handbook of Psychometric Testing (pp. 1-64). John Wiley & Sons.

Cao, M., & Drasgow, F. (2019). Does forcing reduce faking? A meta-analytic review of forced-choice personality measures in high-stakes situations. Journal of Applied Psychology, 104(11), 1347-1368. https://doi.org/10.1037/apl0000414

Carvalho, L. F., & Ambiel, R. A. (2017). Construção de Instrumentos Psicológicos. In B. F. Damásio, & J. C. Borsa, Manual de Desenvolvimento de Instrumentos Psicológicos (pp. 39-55). Vetor.

Clark, L. A., & Watson, D. (2019). Constructing validity: New developments in creating objective measuring instruments. Psychological assessment, 31(12), 1412-1427. https://doi.org/10.1037/pas0000626

Damásio, B. F., & Dutra, D. F. (2017). Análise Fatorial Exploratória: um tutorial com o software factor. In B. F. Damásio, & J. C. Borsa, Manual de Desenvolvimento de Instrumentos Psicológicos (pp. 241-265). Vetor.

Franco, V. R., Valentini, F., & Iglesias, F. (2017). Introdução à Análise Fatorial Confirmatória. In B. F. Damásio, & J. C. Borsa, Manual de Desenvolvimento de Instrumentos Psicológicos (pp. 295-322). Vetor.

Gwet, K. L. (2008). Computing inter-rater reliability and its variance in the presence of high agreement. British Journal of Mathematical and Statistical Psychology, 61(1), 29-48. https://doi.org/10.1348/000711006X126600

Hallquist, M. N., & Wiley, J. F. (2018). MplusAutomation: An R Package for Facilitating Large-Scale Latent Variable Analyses in Mplus. Structural Equation Modeling, 25(4), 621-638. https://doi.org/10.1080/10705511.2017.1402334

Hernández-Nieto, R. A. (2002). Contributions to statistical analysis. Universidade de Los Andes.

Landis, J. R., & Koch, G. G. (1977). The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, 33(1), 159-174.

Pacico, J. C. (2015). Como é Feito um Teste? Produção de Itens. In Hutz, C. S., Bandeira, D. R., & Trentini, C. M. (Orgs.) Psicometria (pp. 55-70). Artmed.

Petrides, K. V., Furnham, A., & Mavroveli, S. (2007). Trait emotional intelligence: Moving forward in the field of EI. In G. Matthews, M. Zeidner, & R. D. Roberts (Eds.), Series in affective science. The science of emotional intelligence: Knowns and unknowns (pp. 151-166). Oxford University Press.

Polit, D. F., & Beck, C. T. (2006). The Content Validity Index: are you know what’s being reported? Critique and recommendations. Research in Nursing & Health, 29, 489-497.

R Core Team. (2019). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing. https://www.r-project.org

Roger-Welter, G. M. (2014) Teste HumanGuide – Manual (Vol. 1.).

Roger-Welter, G. M., & Capitão, C. G. (2007). Medidas Ipsativas na Avaliação Psicológica. Avaliação Psicológica, 6(2), 157-165. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712007000200006&lng=pt&tlng=pt

Shrout, P. E., & Fleiss, J. L. (1979). Intraclass correlations: uses in assessing reliability. Psychological Bulletin, 86(2), 420-428.

Siegel, S., & Castellan, H. J. (2006). Estatística não paramétrica para ciências do comportamento (2. ed.). Artmed.

Sivo, S. A., Fan, X., Witta, E. L., & Willse, J. T. (2006). The search for "optimal" cutoff properties: Fit index criteria in structural equation modeling. The Journal of Experimental Education, 74(3), 267-288. https://doi.org/10.3200/JEXE.74.3.267-288

Thurstone, L. L. (1927). A law of comparative judgment. Psychological Review, 34(4), 273-286. https://doi.org/10.1037/h0070288

Thurstone, L. L. (1931). Rank order as a psychophysical method. Journal of Experimental Psychology, 14(3), 187-201. https://doi.org/10.1037/h0070025

Valentini, F. (2018). Modelo latente para itens de escolha forçada. Avaliação Psicológica, 17(1), 1-2. http://dx.doi.org/10.15689/ap.2017.1701.ed

Zacharias, J. J. M. (2000). QUATI: Questionário de Avaliação Tipológica (versão II). Vetor.

Downloads

Publicado

2024-10-22

Como Citar

Pereira de Almeida, P., Callegaro Borsa, J., & Landeira-Fernandez, J. (2024). Passos para a elaboração de instrumentos de escolha forçada do tipo rank. Psico, 55(1), e40882. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2024.1.40882