Clima familiar e autopercepção de saúde de idosos(as)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2020.4.34091Palavras-chave:
Saúde, Idoso, Família.Resumo
Investigou-se a coesão, o apoio, a hierarquia e o conflito relativos ao clima familiar percebido por idosos em sua relação com a autopercepção de saúde. Participaram 134 idosos do Recôncavo Baiano, a maioria composta por negros e mulheres, entrevistados em domicílio, utilizando-se Questionário de doenças e de sinais e sintomas autorrelatados, Questionário de autoavaliação de saúde e o Inventário do Clima Familiar. Foram feitas análises estatísticas descritivas e bivariadas. Os dados desta pesquisa mostraram que a maioria dos idosos fez uma avaliação mais negativa do clima familiar e da autopercepção atual da saúde; maior apoio e coesão e menor hierarquia familiar estão associadas a uma melhor saúde percebida. Os dados podem ajudar a compreender como o clima familiar do idoso pode impactar na saúde subjetiva e como a deterioração da saúde pode moldar os relacionamentos na família bem como podem colaborar com intervenções clínicas e sociais.
Downloads
Referências
Araújo, L. F. de, Cerqueira, J. L. C de, & de Santos, J. V.O. (2018). A família e sua relação com o idoso: Um estudo de representações sociais. Revista Psicologia em Pesquisa, 12(2). https://doi.org/10.24879/2018001200200130
Assumpção, D., Borim, F. S. A., & Neri, A. L. (2019). Octogenários em Campinas: dados do FIBRA 80+. Campinas, SP: Alínea.
Bookwala, J.; Marshall, K. I. & Manning, S. W. (2014). Who needs a friend? Marital status transitions and physical health outcomes in later Life. Health Psychology, 33(6), 505-515. https://doi.org/10.1037/hea0000049
Borges, A. M., Santos, G., Kummer, J. A., Fior, L., Molin, V. D., & Wibelinger, L. M. (2014). Autopercepção de saúde em idosos residentes em um município do interior do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17(1),79-86. https://doi.org/10.1590/S1809-98232014000100009
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). Censo demográfico-2010. Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/bahia
Brasil, I. B. G. E. (2010). Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. Censo demográfico, 2010.https://cidades.ibge.gov.br/brasil/bahia. DOI INEXISTENTE
Brito, A. M. M., Camargo, B. V., & Castro, A. (2017). Representações Sociais de Velhice e Boa Velhice entre Idosos e Sua Rede Social. Revista de Psicologia da IMED, 9(1), 5-21. https://doi.org/10.18256/2175-5027.2017.v9i1.1416
Brito, T. R. P., Nunes, D. P., Duarte, Y. A. O. & Lebrão, M. L. (2019). Redes sociais e funcionalidade em pessoas idosas: evidências do estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE). Revista Brasileira de Epidemiologia. 21(02) 1-15. https://doi.org/10.1590/1980-549720180003.supl.2
Caldas, C. P., & Veras, R. P. (2017). A saúde do idoso. Physis Revista de Saúde Coletiva, 27(4), 1185-1204. https://doi.org/10.1590/s0103-73312017000400017
Carloto, C. M., & Nogueira, B. W. F. (2018). Família, gênero e proteção social| Family, gender and social protection. Revista Em Pauta, 16(42), 49-64 https://doi.org/10.12957/rep.2018.39407
Carneiro, J. A., Gomes, C. A. D., Durães, W., Jesus, D. R., Chaves, K. L. L., Lima, C. A., Costa, F. M., & Caldeira, A. P. (2020). Autopercepção negativa da saúde: prevalência e fatores associados entre idosos assistidos em centro de referência. Ciência & Saúde Coletiva, 25(3), 909-918. https://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020253.16402018
Chiavegatto Filho, A. D. P., & Laurenti, R. (2013). Disparidades étnico-raciais em saúde autoavaliada: análise multinível de 2.697 indivíduos residentes em 145 municípios brasileiros. Cadernos de Saúde Pública, 29, 1572-1582. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013001200010
Confortin, S. C., Giehl, M. W. C., Antes, D. L., Schneider, I. J. C. & d'Orsi, E. (2015). Autopercepção positiva de saúde em idosos: estudo populacional no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 31(5), 1049-1060. https://doi.org/10.1590/0102-311X00132014
Cunha, U. C. (2017). Idosas que chefiam lares multigeracionais por recoabitação : escolha ou falta de opção? Recife, PE. Dissertação de Mestrado. Universidade Católica de Pernambuco. 69p. DOI INEXISTENTE
Dias, C. & Albuquerque, K. (2019). Avós que detêm a guarda judicial dos netos: que lugar é esse? Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 10(3), 121-140. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2019v10n3suplp121
Evandrou, M., Falkingham, J., Feng, Z., & Vlachantoni, A. (2016). Ethnic inequalities in limiting health and self reported health in later life revisited. Journal of Epidemiology and Community Health, 70, 653–662. https://doi.org/10.1136/jech-2015-206074
Ferreira, C. A. A. (2018). Racismo: Uma Questão de Saúde Pública e de Gestão na Perspectiva de Gênero. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde, 7(2), 143-156. DOI INEXISTENTE
Gomes, M. F. S., Pereira, S. C. L. e Abreu, M. N. S. (2018). Fatores associados à autopercepção de saúde dos idosos usuários dos restaurantes populares de Belo Horizonte. Ciência & Saúde Coletiva [online]23(11), 4007-4019. https://doi.org/10.1590/1413-812320182311.31072016
Guedes, M. B. O. G., Lima, K. C., Caldas, C. P., & Veras, R. P. (2017). Apoio social e o cuidado integral à saúde do idoso. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 27(4), 1185-1204. https://doi.org/10.1590/s0103-73312017000400017
Hirve, S., Oud, J. H., Sambhudas, S., Juvekar, S., Blomstedt, Y., Tollman, S., ... & Ng, N. (2014). Unpacking self-rated health and quality of life in older adults and elderly in India: a structural equation modelling approach. Social indicators research, 117(1), 105-119. https://doi.org/10.1007/s11205-013-0334-7
Lang, F. R., Wagner, J. & Neyer, F. J. (2009). Interperssonal functioning across the lifespan: two principles of relationship regulation. Advances in Life Course Research, 14, 40-51. https://doi.org/10.1016/j.alcr.2009.03.004
Leme, V. B., Falcão, A. O., de Morais, G. A., Braz, A. C., Coimbra, S., & de Mendonça Fernandes, L. (2016). Solidariedade Intergeracional Familiar nas pesquisas brasileiras: revisão integrativa da literatura. Revista da SPAGESP, 17(2), 37-52.
Lima-Costa, M. F., Cesar, C. C., Chor, D., & Proietti, F. A. (2011). Self-rated health compared with objectively measured health status as a tool for mortality risk screening in older adults: 10-year follow-up of the Bambui Cohort Study of Aging. American journal of epidemiology, 175(3), 228-235. https://doi.org/10.1093/aje/kwr290
Lindemann, I. L., Reis, N. R., Mintem, G. C. & Mendoza-Sassi, R. A. Autopercepção da saúde entre adultos e idosos usuários da Atenção Básica de Saúde. (2019). Ciência & Saúde Coletiva, 24(1) 45-52. https://doi.org/10.1590/1413-81232018241.34932016>.
Macedo, J. P., Dimenstein, M., Sousa, H. R. D., Costa, A. P. A. D., & Silva, B. Í. D. B. D. (2018). A produção científica brasileira sobre apoio social: tendências e invisibilidades. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 11(2), 258-278.
Mavaddat, N., Valderas, J. M., Van Der Linde, R., Khaw, K. T., & Kinmonth, A. L. (2014). Association of self-rated health with multimorbidity, chronic disease and psychosocial factors in a large middle-aged and older cohort from general practice: a cross-sectional study. BMC family practice, 15(1), 185. https://doi.org/10.1186/s12875-014-0185-6
Medeiros, S. M., Silva, L. S. R., Carneiro, J.A., Ramos, G. C. F., Barbosa, A.T. F. & Caldeira, A. P. (2016). Fatores associados à autopercepção negativa da saúde entre idosos não institucionalizados de Montes Claros, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 21(11), 3377-3386. https://doi.org/10.1590/1413-812320152111.18752015
Neri, A. L., Yassuda, M. S., Araújo, L. F., Eulálio, M. C., Cabral, B. E., Siqueira, M. E. C., Santos, G. A., & Moura, J. G. A. (2013). Metodologia e perfil sociodemográfico, cognitivo e de fragilidade de idosos comunitários de sete cidades brasileiras: Estudo FIBRA. Cadernos de Saúde Pública, 29(4), 778-792. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000400015
Neri, A. L., Borim, F. S. A., Barros, M. B. A., Yassuda, M. S., & Eulálio, M. C. (2013). Avaliação subjetiva de saúde e fragilidade. In A. L. Neri (Org.), Fragilidade e qualidade de vida na velhice (pp. 51-64). Campinas, SP: Alínea.
Nunes, A. P. N., Barreto, S. M., & Gonçalves, L. G.. (2012). Relações sociais e autopercepção da saúde: projeto envelhecimento e saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, 15(2), 415-428. https://doi.org/10.1590/S1415-790X2012000200019
Osoria, A. M. P., & Mena, A. C. (2015). Desarrollo del clima familiar afectivo y su impacto en el bienestar subjetivo de la familia. Multimed, 19(2), 1-13. DOI INEXISTENTE
Pedreira, R. B. S., Andrade, C. B., Barreto, V. G. A., Pinto Junior, E. P., & Rocha, S. V. (2016). Autopercepção de saúde entre idosos residentes em áreas rurais. Revista Kairós Gerontologia, 19(1), 103-119. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2016v19i1p103-119
Rabelo, D. F. (2016). Os idosos e as relações familiares. In E. V. Freitas & L. Py. (Orgs.), Tratado de Geriatria e Gerontologia (pp. 1519-1525). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Rabelo, D. F., & Neri, A. L. (2016). Avaliação das Relações Familiares por Idosos com Diferentes Condições Sociodemográficas e de Saúde. Psico-USF, 21(3), 663-675. https://doi.org/10.1590/1413-82712016210318
Rabelo, D. F., Rocha, N. M. F. D., & Pinto, J. M. (2020). Arranjos de Moradia de Idosos: Associação com Indicadores Sociodemográficos e de Saúde. Revista Subjetividades, 20(Esp. 1), e8873. http://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20iEsp.e8873
Rabelo, D. F., Silva, J., Rocha, N. M F. D., Gomes, H. V., & Araújo, L. F. (2018). Racismo e envelhecimento da população negra. Revista Kairós-Gerontologia, 21(3), 193-215. http://doi.org/10.23925/2176-901X.2018v21i3p193-215
Ramos, M.P. (2013). Arranjos e relações familiares na velhice: um estudo sobre famílias com idosos do Rio Grande do Sul. Revista brasileira de história e ciências sociais, 5(9), 8-21. DOI INEXISTENTE
Rosa, N. M. D. (2018). Avós guardiões: fronteiras e limites entre avosidade e parentalidade. Trabalho de conclusão de curso de graduação em Psicologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. 29 p. DOI INEXISTENTE
Saad, P. M. (2016). Envelhecimento populacional: demandas e possibilidades na área de saúde. Séries Demográficas, 3, 153-166. DOI INEXISTENTE
SEI, Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. (2016) Perfil dos Territórios de Identidade/Salvador: SEI. Disponível em:<http://www.sei.ba.gov.br/ DOI INEXISTENTE
Silva, I. T. da, Pinto Junior, E. P., & Vilela, A. B. A.. (2014). Autopercepção de saúde de idosos que vivem em estado de corresidência. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17(2), 275-287. https://doi.org/10.1590/S1809-98232014000200006
Silva, M. N. D., & Monteiro, J. C. D. S. (2018). Representatividade da mulher negra em cartazes publicitários do Ministério da Saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 52, 1-7. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2018002203399
Silverio, A.C. L. (2018) Abordagem da Saúde da População Negra nos cursos da área de Saúde. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Fisioterapia. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. 20 p. DOI INEXISTENTE
Teodoro, M.L.M., Allgayer, M., & Land, B. (2009). Desenvolvimento e validade fatorial do Inventário do Clima Familiar (ICF) para adolescentes. Psicologia: teoria e prática, 11, 3, 27-39. DOI INEXISTENTE
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Psico
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.