Relação entre vínculo de apego e desenvolvimento cognitivo, linguístico e motor

Autores

  • Barbara Saur Universidade Federal do Paraná
  • Isac Bruck Universidade Federal do Paraná
  • Sérgio Antônio Antoniuk Universidade Federal do Paraná
  • Tatiana Izabele Jaworski de Sá Riechi Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2018.3.27248

Palavras-chave:

Relação mãe-filho, Desenvolvimento infantil, Cognição.

Resumo

O estabelecimento de uma relação de apego segura é importante, pois fornece à criança segurança para que ela possa explorar o ambiente, atividade essencial para o desenvolvimento infantil. Este estudo tem como objetivo investigar se crianças com padrão de apego seguro e inseguro diferem quanto ao desempenho cognitivo, linguístico e motor. Participaram do estudo 50 crianças, com idades entre 12 e 25 meses. Foram utilizados um questionário de anamnese, a Situação Estranha de Ainsworth, as Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil – 3ª ed. e o questionário Estilo Materno como instrumentos de avaliação. Os resultados apontam diferença entre os grupos no desempenho cognitivo e de linguagem. Crianças com padrões inseguros de apego obtiveram menores escores nos testes que avaliam o desenvolvimento dos dois domínios. Estes resultados demonstram a importância da relação entre mãe e filho como um fator de proteção do desenvolvimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ainsworth, M., D. S., Bleher, M. C., Waters, E., & Wall, S. (1978). Patters of attachment. A psychological study of the Strange Situation. New York: Psychology Press.

Ainsworth, M. S., & Bowlby, J. (1991). An ethological approach to personality development. American psychologist, 46(4), 333-341.

https://doi.org/10.1037/0003-066X.46.4.333

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) (2014). Critério de Classificação Econômica Brasil 2015.

Baumrind D. (1971). Current patterns of parental authority. Dev Psychol, 4(1, Pt 2), 1-103.

https://doi.org/10.1037/h0030372

Bayley, N. (2006). Bayley Scales of Infant and Toddler Development-Third Edition: Administration Manual. San Antonio: Harcourt Assessment.

Bornstein, M. H., Tamis-LeMonda, C. S., Parcual, L., Haynes, O. M., Painter, K. M., Galperín, C. Z., & Pêcheux, M. G. (1996). Ideas about parenting in Argentina, France and the United States. International Journal of Behavioral Development, 19 (2), 347-367.

https://doi.org/10.1080/016502596385820

Bowlby, J.. (2002). Apego e perda: Apego: a natureza do vínculo (3a ed., Vol. 1). São Paulo: Martins Fontes.

Cassidy, J., & Shaver, P. (Eds). (2008). Handbook of attachment: Theory, Research and clinical applications (2ª ed.). New York: The Guilford Press.

Ding, Y. H., Xu, X., Wang, Z. Y., Li, H. R., & Wang, W. P. (2014). The relation of infant attachment to attachment and cognitive and behavioural outcomes in early childhood. Early human development, 90(9), 459-464.

https://doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2014.06.004

Fingergut, D. M. (2011). Apego e resiliência: construindo e re-significando vínculos. Monografia de pós-graduação, Instituto Superior de Ciências da Saúde (INCISA), Salvador, Brasil. Doi inexistente

Gander, M., & Buchheim, A. (2015). Attachment classification, psychophysiology and frontal EEG asymmetry across the lifespan: a review. Frontiers in human neuroscience, 9, 79.

https://doi.org/10.3389/fnhum.2015.00079

Hertwig, R., Davis, J. N., & Sulloway, F. J. (2002). Parental investment: how an equity motive can produce inequality. Psychological bulletin, 128(5), 728.

https://doi.org/10.1037/0033-2909.128.5.728

Jouen, F., & Molina, M. (2005). Exploration of the newborn’s manual activity: A window onto early cognitive processes. Infant Behavior and Development, 28(3), 227-239.

https://doi.org/10.1016/j.infbeh.2005.05.001

Main, M. (1983). Exploration, play, and cognitive functioning related to infant-mother attachment. Infant Behavior and Development, 6(2-3), 167-174.

https://doi.org/10.1016/S0163-6383(83)80024-1

Main, M. (2000). The organized categories of infant, child, and adult attachment: Flexible vs. inflexible attention under attachment-related stress. Journal of the American Psychoanalytic Association, 48(4), 1055-1096.

https://doi.org/10.1177/00030651000480041801

Oudgenoeg-Paz, O., Leseman, P. P., & Volman, M. C. J. (2014). Can infant self-locomotion and spatial exploration predict spatial memory at school age? European Journal of Developmental Psychology, 11(1), 36-48.

https://doi.org/10.1080/17405629.2013.803470

Pallini, S., Baiocco, R., Baumgartner, E., Bellucci, M. T., & Laghi, F. (2016). Attachment in Childcare Centers: Is it Related to Toddlers’ Emotion Regulation and Attentive Behavior?. Child Indicators Research, 1-16.

https://doi.org/10.1007/s12187-016-9371-5

Pennestri, M. H., Gaudreau, H., Bouvette-Turcot, A. A., Moss, E., Lecompte, V., Atkinson, L., Lydon, J., Steiner, M., & Meaney, M. J. (2015). Attachment disorganization among children in neonatal intensive care unit: Preliminary results. Early human development, 91(10), 601-606.

https://doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2015.07.005

Pereira, K. R., Valentini, N. C., & Saccani, R. (2016). Brazilian infant motor and cognitive development: Longitudinal influence of risk factors. Pediatrics International.

https://doi.org/10.1111/ped.13021

Piccolo, L. R., Sbicigo, J. B., Grassi-Oliveira, R., & Salles, J. F. (2016) Efeitos do nível socioeconômico no desempenho neuropsicomotor de crianças e adolescentes. Em Neuropsicologia do Desenvolvimento: infância e adolescência. (J. F. Salles, V. G. Haase & L. F. Malloy-Diniz). Porto Alegre: Artmed.

Price, J. (2008). Parent-Child Quality Time Does Birth Order Matter?. Journal of Human Resources, 43(1), 240-265.

https://doi.org/10.3368/jhr.43.1.240

Sajaniemi, N., Mäkelä, J., Salokorpi, T., Von Wendt, L., Hämäläinen, T., & Hakamies-Blomqvist, L. (2001). Cognitive performance and attachment patterns at four years of age in extremely low birth weight infants after early intervention. European Child & Adolescent Psychiatry, 10(2), 122-129.

https://doi.org/10.1007/s007870170035

Seidl de Moura, M. L., & Ribas Jr., R. C. (2003). Algumas informações sobre o instrumento estilo materno e paterno. Relatório parcial do projeto: interação mãe-bebê e desenvolvimento infantil: um estudo longitudinal e transcultural. Material não-publicado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Simões, S. C. C., Farate, C., Soares, I., & Duarte, J. (2013). Predição do apego de crianças em função do estilo educativo materno e do tipo de família. Psicologia: Reflexao & Critica, 26(1), 168-177.

https://doi.org/10.1590/S0102-79722013000100018

Sullivan, R. M. (2012). The neurobiology of attachment to nurturing and abusive caregivers. The Hastings law journal, 63(6), 1553.

Sullivan, R., Perry, R., Sloan, A., Kleinhaus, K., & Burtchen, N. (2011). Infant bonding and attachment to the caregiver: insights from basic and clinical science. Clinics in perinatology, 38(4), 643-655.

https://doi.org/10.1016/j.clp.2011.08.011

Uggla, C. & Mace, R. (2016). Parental investment in child health in sub-Saharan Africa: a cross-national study of health-seeking behaviour. Open Science, 3(2), 150460.

https://doi.org/10.1098/rsos.150460

Van Ijzendoorn, M. V., Dijkstra, J., & Bus, A. (1995). Attachment, intelligence, and language: A meta-analysis. Social Development, 4, 115-128.

https://doi.org/10.1111/j.1467-9507.1995.tb00055.x

Downloads

Publicado

2018-10-16

Como Citar

Saur, B., Bruck, I., Antoniuk, S. A., & Riechi, T. I. J. de S. (2018). Relação entre vínculo de apego e desenvolvimento cognitivo, linguístico e motor. Psico, 49(3), 257–265. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2018.3.27248

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.