Treinamento cognitivo com realidade virtual em residenciais de longa permanência para idosos
uma série de casos
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2021.1.39769Palavras-chave:
realidade virtual, reabilitação neurológica, comprometimento cognitivo, demência, saúde do idoso institucionalizadoResumo
Objetivo: descrever uma série de casos de idosos com diagnóstico clínico de comprometimento cognitivo leve ou demência em reabilitação cognitiva por realidade virtual.
Métodos: este estudo é uma série de casos. Pacientes idosos com diagnóstico de comprometimento cognitivo leve ou demência foram incluídos. Foram excluídos idosos com problemas visuais e/ou auditivos que impossibilitasse a realização do treino. Os mesmos testes foram usados após a intervenção e o acompanhamento após 15 dias.
Resultados: a amostra final foi composta por 13 idosas e a média de idade foide 81,77 anos (± 6,94). Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo com comprometimento cognitivo leve e grupo com demência. Conforme os objetivos terapêuticos que visavam à melhora da fluência, destaca-se, entre os resultados, a melhora nas pontuações do grupo com comprometimento cognitivo leve para os testes de fluência verbal fonêmica 23,63 (± 12,72) pré-teste e 29,50 (± 11,14) pós-teste. No grupo com demência, os resultados dos testes foram 10 (± 5, 47) pré-teste e 12,80 (± 5,72) pós-teste. No teste de fluência verbal semântica,o grupo com comprometimento cognitivo leve apresentou melhora 11,00 (± 3,62) pré-teste e 13,88 (± 6,03) pós-teste, enquanto os escores do grupo demência foram 7,60 (± 4,56) pré-teste e 8,20 (± 5,12) pós-teste.
Conclusão: em relação à fluência verbal fonêmica, a realidade virtual mostrou se um bom recurso para melhorar o desempenho de idosos com déficit cognitivo leve, porém os resultados não se mantiveram em médio prazo, demonstrando a importância do treinamento contínuo.
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