Hipodermóclise: alternativa para infusão de medicamentos em pacientes idosos e pacientes em cuidados paliativos
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2019.1.32559Palavras-chave:
Cuidados paliativos, Hidratação, Hipodermóclise, Idosos, Pacientes.Resumo
Objetivo: Realizar uma revisão teórica a respeito do uso e aplicabilidade da terapia subcutânea e construir um guia para diluições e compatibilidades entre medicamentos, permitindo a utilização segura e eficaz por pacientes idosos ou em cuidados paliativos.
FONTE DE DADOS: Como recurso de pesquisa foi aplicada a busca por artigos científicos nas bases de dados Lilacs, Medline, Pubmed e Scielo para realização de uma revisão narrativa sobre o tema, utilizando os termos de busca “Hipodermóclise”, “Terapia subcutânea”, “Hypodermoclysis” e “Subcutaneous”.
SÍNTESE DOS DADOS: Considerando o aumento progressivo da população de idosos e do número de pessoas portadoras de doenças crônicas ou terminais, é importante que sejam desenvolvidas técnicas terapêuticas adequadas para garantir o conforto e a autonomia desses pacientes. A hipodermóclise ou terapia subcutânea, possui eficácia terapêutica comprovada e pode auxiliar pacientes que não apresentem possibilidade de utilização da via oral para administração de medicamentos e hidratação. Apresenta-se como uma forma segura, simples e com baixo risco de efeitos adversos, também atuando como recurso para alívio de sintomas como náuseas e vômitos, além de dor de difícil controle e desidratação. Entretanto, possui desvantagens como a impossibilidade de ajustes rápidos de doses e volume, velocidade de infusão limitados e a pequena quantidade medicamentos e eletrólitos que possam ser infundidos.
Conclusão: a hipodermóclise é uma via de administração segura desde que sejam consideradas as características clínicas de cada paciente. Para utilização adequada desta técnica, faz-se necessária a construção de protocolos compatíveis à realidade de cada instituição, considerando as características de cada medicamento e o cuidado necessário para promover a qualidade de vida a esses pacientes, de forma que possam atingir seus objetivos terapêuticos.
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