Agostinho de Hipona

Congruência, a dinâmica do belo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2022.1.43271

Palavras-chave:

Agostinho de Hipona, beleza, congruência, vida feliz, corporeidade

Resumo

Este artigo analisa a conceção agostiniana do belo a partir da relação dinâmica entre três elementos fundamentais: a congruência, o desejo e a felicidade. Nesta análise assinalam-se duas etapas do desenvolvimento da teoria agostiniana do belo. Uma primeira caracteriza-se pela adesão a uma conceção intelectualista do belo e da vida feliz. Uma segunda mostra como Agostinho, confrontado com o problema da visão de Deus in patria, integra a corporeidade na experiência do belo na fruição do bem supremo. Na conclusão, evidencia-se a valoração do corpo na fruição do belo na última doutrina de Agostinho e a ideia de congruência que lhe subjaz.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paula Oliveira e Silva, Universidade do Porto (UP); Instituto de Filosofia (IF-UP), Porto, Portugal.

Doutora em Filosofia pela Universidade de Lisboa (UL), em Lisboa, Portugal. Professora Auxiliar no Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (UP), no Porto, Portugal. 

Referências

AGOSTINHO DE HIPONA. Sermo 227. Patrologia Latina 38. Paris: Migne, 1895. [1257-1268].

AGOSTINHO DE HIPONA. A Cidade de Deus. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.

AGOSTINHO DE HIPONA. Diálogo sobre a vida feliz. Lisboa: Edições 70, 1997.

AGOSTINHO AGOSTINHO DE HIPONA. Confissões. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2000a.

AGOSTINHO DE HIPONA. Diálogo sobre a ordem. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2000b.

AGOSTINHO DE HIPONA. Diálogo sobre o livre arbítrio. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2001.

AGOSTINHO DE HIPONA. Comentário Literal ao Livro do Genesis, Livro XII. Civitas Augustiniana, Porto, n. 2, p. 121-164. 2012a. Disponível em: https://ojs.letras.up.pt/index.php/civaug/article/view/648. Acesso em: 25 maio 2022.

AGOSTINHO DE HIPONA. A verdadeira religião. Porto: Afrontamento, 2012b.

BEATRICE, Pier Franco. Quosdam Platonicorum Libros: The Platonic Readings of Augustine in Milan. Vigiliae Christianae, Boston, n. 43-3, p. 248-281, 1989. DOI: https://doi.org/10.1163/157007289X00128

BEIERWALTES, Werner. Agostino e in neoplatonismo cristiano. Milano: Vita e Pensiero, 1995.

BETTETINI, Maria. Agostino e l’estetica’: um punto. Quaestio, Turnhout, n. 6, p. 57-79, 2006. DOI: https://doi.org/10.1484/J.QUAESTIO.1.100063

BUSSANICH, John. Happiness, Eudaimonia. In: FITZGERALD, A. D. (org.). Augustine Through the Ages: An Encyclopedia. Grand Rapids, Michigan: EErdmans Publishing, 2009.

CATAPANO, Giovanni. Introduzione. In: AGOSTINO. Vedere dio. Lettera 147. Roma: Città Nuova, 2019.

COLISH, Marcia. The Stoic Tradition: From Antiquity to the Early Middle Ages. Boston: Brill, 1985.

DE CAPITANI, Franco. Quomodo sit manifestum deum esse. Lettura del Libro II. In: G. MADEC, F.; DE CAPITANI, F.; TUNINETTI, L.; HOLTE, R. “De libero arbitrio” di Agostino d’Ippona. Palermo: Ed. Augustinus, 1990.

DONOHUE, Brian. Beauty and Motivation in Aristotle. Quaestiones Disputatae, Washington D.C., v. 2, n. 6, p. 26-43, 2016. DOI: https://doi.org/10.1353/qud.2016.0002

HALLIWELL, Stephen. Aesthetics in Antiquity. In: DAVIES, S. et al. (org.). A Companion to Aesthetics. Oxford: Wiley-Blakwell, 2009.

HARRISON, Carol. Beauty and Revelation in the Thought of Saint Augustine. Oxford Oxford Clarendon Press, 2005.

HEATH, Malcom. Unity, Wholeness, and Proportion. In: DESTRÉE, P.; MURRAY, P. (org.). A Companion to Ancient Aesthetics. Oxford: Wiley-Blakwell, 2015. DOI: https://doi.org/10.1002/9781119009795.ch25

KONSTAN, David. Beauty. In: DESTRÉE, P.; MURRAY, P. (org.). A Companion to Ancient Aesthetics. Oxford: Wiley-Blakwell, 2015. DOI: https://doi.org/10.1002/9781119009795.ch24

KONSTAN, David. Beauty: The Fortune of an Ancient Greek Idea. Oxford: Oxford University Press, 2014. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199927265.001.0001

MANFERDINI, Tina. Comunicazione ed estetica in sant’Agostino. Bologna: Edizione Studio Domenicano, 1995.

MARENBON, John. Medieval and Renaissance Aesthetics. In: DAVIES, S. et al. (org.). A Companion to Aesthetics. Oxford: Wiley-Blakwell, 2009.

OLIVEIRA E SILVA, Paula. Introdução. In: AGOSTINHO DE HIPONA. Diálogo sobre a Ordem. Lisboa: INCM, 2000.

OLIVEIRA E SILVA, Paula. Ordem e Mediação: A ontologia relacional de Agostinho de Hipona. Porto Alegre: Letra&Vida, 2012.

SCHINDLER, David Cristopher. Disclosing Beauty. Order and Disorder in Plato’s Symposium. In: RAMOS, A. (org.), Beauty and the Good. Recovering the Classical Tradition from Plato to Duns Scotus. Washington D.C.: Catholic University of America, 2020. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv193rr2r.6

SOLIGNAC, Aimé. Le de pulchro et apto. In: AUGUSTIN. Oeuvres de Saint Augustin. Les Confessions. Paris: Institut d’ Études Augustiniennes,1998a.

SOLIGNAC, Aimé. Ce qu’Augustin dit avoir lu de Plotin. In: AUGUSTIN. Oeuvres de Saint Augustin. Les Confessions. Paris: Institut d’ Études Augustiniennes,1998b.

SVOBODA, Karel. L’estéthique de saint Augustin et ces sources. Paris: Les Belles Lettres, 1933.

TSCHOLL, Joseph. Dio & il bello in sant’Agostino. Milano: Edizioni Ares, 1996.

VAN OORT, Johannes. Augustine’s De pulchro et apto and its Manichaen Context. In: VAN OORT, J. Manichaeism in Early Christianity. Boston: Brill, 2020. DOI: https://doi.org/10.1163/9789004417595

VON BALTHASAR, Hans Urs. Gloria. Una estética teológica. Milano: Jaca Book, 1975.

Downloads

Publicado

2022-10-11

Como Citar

Silva, P. O. e. (2022). Agostinho de Hipona: Congruência, a dinâmica do belo. Veritas (Porto Alegre), 67(1), e43271. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2022.1.43271

Edição

Seção

Varia