TY - JOUR AU - Maia, Tatiana Vargas AU - Barbosa, Camila Palhares PY - 2022/04/06 Y2 - 2024/03/28 TI - Por uma teoria da justiça feminista: As críticas de Nussbaum e Okin a Rawls JF - Veritas (Porto Alegre) JA - Veritas VL - 67 IS - 1 SE - Ética e Filosofia Política DO - 10.15448/1984-6746.2022.1.41469 UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/view/41469 SP - e41469 AB - <p>Este artigo tem o objetivo de apresentar e desenvolver as críticas&nbsp;feministas à Teoria da Justiça de John Rawls, especialmente por meio do diálogo&nbsp;e das contribuições de Martha Nussbaum e Susan Okin para um liberalismo&nbsp;feminista. Para tanto, discutimos três pontos centrais no debate entre essas duas&nbsp;filósofas feministas e Rawls: a) a noção de família como uma instituição básica&nbsp;da sociedade; b) a distinção entre doutrinas morais abrangentes razoáveis e não&nbsp;razoáveis; e c) a concepção de pessoa política com autonomia plena. As críticas&nbsp;à teoria rawlsiana feitas por feministas demonstram a riqueza e a profundidade&nbsp;de Rawls para o liberalismo contemporâneo, ao mesmo tempo em que apontam&nbsp;para os problemas que teorias que tradicionalmente não desenvolvem um olhar&nbsp;crítico para a situação generificada dos sistemas democráticos encontram ao&nbsp;abordar a situação da cidadania das mulheres. As demandas do feminismo liberal,&nbsp;relacionadas à situação de mulheres ao redor do mundo, são muito bem-articuladas&nbsp;por Nussbaum a partir de sua crítica interna ao liberalismo rawlsiano,&nbsp;enfatizando que algumas das disposições teóricas desse autor (sobretudo no&nbsp;tocante à situação da família) não parecem ser radicais o suficiente para garantir&nbsp;a disponibilidade integral dessas capacidades para mulheres e crianças. Da&nbsp;mesma forma, o diálogo de Nussbaum com as críticas de Okin aprofundaram o&nbsp;debate sobre os limites da teoria da justiça rawlsiana.</p> ER -