TY - JOUR AU - Motloch, Martin PY - 2022/09/05 Y2 - 2024/03/29 TI - Os referentes de nomes próprios têm propriedades sortais essenciais? JF - Veritas (Porto Alegre) JA - Veritas VL - 67 IS - 1 SE - Epistemologia & Filosofia da Linguagem DO - 10.15448/1984-6746.2022.1.40327 UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/view/40327 SP - e40327 AB - <p>De acordo com a visão padrão, a teoria da referência direta e o essencialismo são independentes. Jubien (2009), no entanto, afirma que aplicamos nomes próprios a objetos com propriedades sortais essenciais (que ele chama de “categorias”) e deixamos de aplicá-los se os objetos perderem estas propriedades. O objetivo deste artigo é defender esta tese. Em primeiro lugar, argumentarei que nomes próprios são geralmente usados para se referir a objetos que possuem tipos de propriedades sortais socialmente relevantes. A comunidade linguística determina através da divisão do trabalho linguístico a propriedade sortal relevante do referente. Em seguida, apresentarei uma defesa contra as objeções de contraexemplos plausíveis em duas etapas. Em primeiro lugar, mostrando que, em muitos casos, a mudança de propriedade sortal é apenas aparente. Em segundo lugar, descreverei o mecanismo da metonímia, que explica por que usamos nomes homônimos para objetos diferentes, contudo, contíguos. Finalmente, empregarei uma modificação do <em>Princípio do Benefício da Dúvida </em>de Putnam para lidar com o problema do erro radical, isto é, casos em que a comunidade linguística está inteiramente enganada com respeito à propriedade sortal do referente. Os resultados lançam luz sobre o esquema conceitual mais profundo subjacente às nossas práticas de nomeação na linguagem comum.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> ER -