Preditores de autocuidado de mulheres sadias frente ao câncer de colo de útero

Autores

  • Elisa Kern Kern de Castro Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Ana Carolina Peuker UNISINOS
  • Fernanda Romeiro UNISINOS
  • Natália Britz de Lima UNISINOS
  • Maria João Figueiras Instituto Piaget

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2015.3.18330

Palavras-chave:

percepção da doença, câncer cervical, autocuidado

Resumo

O autocuidado para a prevenção do câncer de colo de útero está diretamente relacionado ao comportamento ativo da mulher para a realização dos exames preventivos que detectam precocemente a doença. Objetivo: testar um modelo preditivo do autocuidado, considerando percepção da doença e variáveis de comportamento sexual. Participaram 122 mulheres (M=40,80 anos; DP= 12), usuárias de serviço público de saúde, do sul do Brasil. Instrumentos: ficha de dados sociodemográficos e clínicos, questionário de percepção da doença e questionário de autocuidado. Resultados: Análise de regressão revelou que o Controle do tratamento e a Idade da primeira relação sexual foram preditores de autocuidado (10,4% e 4,2% respectivamente). O modelo explicou 13,1% da variância do autocuidado. Conclusão: Mulheres que iniciaram a vida sexual mais tarde e com alta percepção de controle do tratamento apresentavam melhor autocuidado. Observa-se que aspectos psicológicos e comportamentais devem ser considerados no delineamento de ações orientadas para o controle da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisa Kern Kern de Castro, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UNISINOS. Pesquisadora do CNPq

Ana Carolina Peuker, UNISINOS

Pós-doutoranda (bolsista Fapergs) no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UNISINOS

Fernanda Romeiro, UNISINOS

Graduanda em Psicologia UNISINOS, bolsista UNIBIC/Unisinos

Natália Britz de Lima, UNISINOS

Graduanda em Enfermagem, UNISINOS. Bolsista Probic/Fapergs

Maria João Figueiras, Instituto Piaget

Professora do Instituto Piaget (Lisboa) e do Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Lisboa, Portugal

Referências

Albuquerque, K. M., Frias P. G., Andrade C. L. T., Aquino E. M., Menezes G., & Szwarcwald C. L. (2009). Cobertura do teste de Papanicolau e fatores associados à não-realização: um olhar sobre o Programa de Prevenção do Câncer do Colo do Útero em Pernambuco, Brasil. Cad. Saúde Pública. 25 (2), 301-9.

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2009001400012

American Cancer Society (2014). Signs and symptoms of cervical cancer. http://www.cancer.org/cancer/cervicalcancer/moreinformation/cervicalcancerpreventionandearlydetection/cervical-cancer-prevention-and-early-detection-cervical-cancer-signs-and-symptoms Acessado em 14/03/2014.

Asiaf, A., Ahmad S. T., Mohammad S. O., & Zargar M. A. (2014). Review of the current knowledge on the epidemiology, pathogenesis, and prevention of human papillomavirus infection. Eur J Cancer Prev.; 23(3), 206-24.

http://dx.doi.org/10.1097/CEJ.0b013e328364f273

Barbeiro, F., Cortez E., Oliveira P., Silva A. (2009). Conhecimentos e práticas das mulheres acerca do exame papanicolau e prevenção do câncer cérvico-uterino. Rev. De Pesq: Cuidado é Fundamental, 1(2), 414-22. http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/419/401 Acessado em 04/04/2014.

Brasil. Portal Brasil. Ministério da Saúde lança campanha de vacinação contra HPV. http://www.brasil.gov.br/saude/2014/01/ministro-da-saude-faz-pronunciamento-sobre-vacinacao-contra-hpv Acessado em 31/03/2014.

Buick, D. L., & Petrie K. J. (2002). "I know just how you feel": The validity of healthy women's perceptions of breast-cancer patients receiving treatment. Journal of Applied Social Psychology, 32(1), 110-23.

http://dx.doi.org/10.1111/j.1559-1816.2002.tb01422.x

Castro, E. K., & Moro L. (2012). Factores psicosociales relacionados con el autocuidado en la prevención, tratamiento y postratamiento del câncer de mama. Psicooncología, 9(3), 453-65.

Castro, E. K., Aretz, M., Romeiro F. B., Lawrenz P., & Hass S. A. (2013). Illness perceptions in brazilian women with cervical cancer, women with precursory lesions and healthy women. Psicooncología, 10(2-3), 417-23.

http://dx.doi.org/10.5209/rev_PSIC.2013.v10.n2-3.43459

Costa, L. A., & Goldenberg P. (2013). Papilomavírus humano (HPV) entre jovens: um sinal de alerta. Saúde e Sociedade, 22(1), 249-26.

http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902013000100022

Domingos, A. C. P., Murata I. M. H., Pelloso S. P., Schirmer J., & Carvalho M. D. (2007). Câncer do Colo do Útero: Comportamento preventivo de auto-cuidado à saúde. Cienc. Cuid. Saúde, 6(2), 397-403. DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v6i0.5337.

Ferreira, M. L., & Oliveira C. (2006). Conhecimento e significado para funcionárias de indústrias têxteis sobre prevenção do câncer do colo-uterino e detecção precoce do câncer de mama. Revista Brasileira de Cancerologia, 52 (1), 5-15.

Figueiras, M. J., & Alves N. C. (2007). Lay perceptions of serious illnesses: An adapted version of the Revised Illness Perception Questionnaire (IPQ-R) for healthy people. Psychologyand Health, 22 (2), 143-58.

http://dx.doi.org/10.1080/14768320600774462

França, M. C. A., França M. C. S., & Moraes S. D. (2013). Conhecimento de mulheres acerca do papilomavírus humano e sua relação com o câncer de colo uterino. CogitareEnferm, 18(3), 509-14.

http://dx.doi.org/10.5380/ce.v18i3.33564

Glattacker, M., Heyduck, K., & Meffert, C. (2012). Illness beliefs, treatment beliefs and information needs as starting points for patient information - Evaluation of an intervention for patients with chronic back pain. Patient Education & Counseling, 86(3), 378-389.

http://dx.doi.org/10.1016/j.pec.2011.05.028

Goldman, R., & Risica P. (2004). Perceptions of breast and cervical cancer risk and screening among Dominicans and Puerto Ricans in Rhode Island. Ethnicity and Disease, 14(1), 32-42.

Heino R.K., Kosunen E., & Rimpela M. (2003). Pubertal timing, sexual behaviour and self-reported depression in middle adolescence. Journal of adolescence, 26(5), 531-45.

http://dx.doi.org/10.1016/S0140-1971(03)00053-8

Hwang, L. Y., Ma Y., Benningfield S. M., Clayton L., Hanson E. N., Jay J., Jonte, J., Godwin, M. C., & Moscicki, A. B. (2010). Factors that influence the rate of epithelial maturation in the cervix in healthy young women. Journal of Adolescent Health, 44(2), 103-10.

http://dx.doi.org/10.1016/j.jadohealth.2008.10.006

Instituto Nacional do Câncer (2014a). Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero – Fatores de Risco. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_nacional_controle_cancer_colo_utero/fatores_risco Acessado em 11/03/2014.

Instituto Nacional do Câncer (2014b). INCA e Ministério da Saúde apresentam estimativas de câncer para 2014. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site+/home+/noticias/2013/inca_ministerio_saude_apresentam_estimativas_cancer_2014 Acessado em 13/03/2014.

Instituto Nacional do Câncer (2014c). Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero – Detecção Precoce. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_nacional_controle_cancer_colo_utero/fatores_risco Acessado em 20/03/2014.

Jorgensen, I., Frederiksen, K., Boesen, E., Elsass, P., & Johansen, C. (2009). An exploratory study of associations between illness perceptions and adjustment and changes after psychosocial rehabilitation in survivors of breast cancer.ActaOncologica, 48(8), 1119-1127.

http://dx.doi.org/10.3109/02841860903033922

Lee, T. J., Cameron, L. D., Wünsche, B., & Stevens, C. (2011). A randomized trial of computer-based communications using imagery and text information to alter representations of heart disease risk and motivate protective behaviour.British Journal Of Health Psychology, 16(1), 72-91.

http://dx.doi.org/10.1348/135910710X511709

Leventhal, H., Nerenz D. L., & Steele D. J. (1984). Illness representation and coping with health threats. In: Baum A, Taylor S, Singer JE, editores. Handbook of Psychology and Health. Nova York: Erlbaum, pp. 219-52.

Ma, Y. T., Collins S. I., Young L. S., Murray P. G., & Woodman C. B. (2011). Smoking initiations is followed by the early acquisition of epigenetic change in cervical epithelium: a longitudinal study. British Journal of Cancer 104(9), 1500-04.

http://dx.doi.org/10.1038/bjc.2011.113

McKenzie, C. (2009). Exploring perceptions of coronary heart disease in africanamerican women with type 2 diabetes [dissertação]. Chapel Hill: University of North Carolina. http://dx.doi.org/10.1177/0145721710374652

Melo, S.C. (2012). Relação entre percepção da tensão arterial elevada e o estilo de vida adotado: estudo exploratório [dissertação]. Porto: Universidade Fernando Pessoa.

Moss-Morris, R., Weinman J., Petrie K. J., Horne R., Cameron L. D., & Buick, D. (2002). The Revised Illness Perception Questionnaire (IPQ-R). Psychology and Health, 17(1), 1-16.

http://dx.doi.org/10.1080/08870440290001494

National Cancer Institute (2014). Cervical Cancer Prevention. http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/prevention/cervical/HealthProfessional Acessado em 6/04/2014.

Oliveira G. R., Vieira V. C., Barral M. F., Döwich V., Soares M. A., Conçalves C. V., & Martinez, A. M. B. (2013). Fatores de risco e prevalência da infecção pelo HPV em pacientes de Unidades Básicas de Saúde e de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 35(5), 226-32.

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032013000500007

Silva T. T., Guimarães M. L., Barbosa M. I., Pinheiro M. F., & Maia A. F. (2002). Identificação de tipos de papilomavirus e de outros fatores de risco para neoplasia intra-epitelial cervical. RevBrasGinecolObstet, 28(5), 285-91.

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032006000500004

Silva, J. V. (2002). Adaptação cultural e validação do instrumento de capacidade de autocuidado do "Appraisalof self-careagencyscale"[dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem.

Sivell, S., Marsh, W., Edwards, A., Manstead, A. R., Clements, A., & Elwyn, G. (2012). Theory-based design and field-testing of an intervention to support women choosing surgery for breast cancer: BresDex.Patient Education & Counseling, 86(2), 179-188.

http://dx.doi.org/10.1016/j.pec.2011.04.014

Sousa, L. B., Cunha D. F., Ximenes L. B., Pinheiro A. K., & Vieira N. F. (2011). Conhecimento, atitudes e práticas de mulheres acerca do uso do preservativo. Rev. Enferm. UERJ, 19(1), 147-52.

Sun, L. Y., Aryee S., & Law K. S. (2007). High-performance human resources practices, citizenship behaviour, and organisational performance: A relational perspective. Academy of Management Journal, 50(3), 558-77.

http://dx.doi.org/10.5465/AMJ.2007.25525821

Waller, J., McCaffery K., & Wardle J. (2004). Beliefs about the risk factors for cervical cancer in a British population sample. Preventive Medicine, 38(6),745-53.

http://dx.doi.org/10.1016/j.ypmed.2004.01.003

Weinman J., & Petrie K. J. (2002). Illness perceptions: A new paradigm for psychosomatics? In: Marks D. editor. The health psychology reader. Londres: SAGE, pp. 250-4. http://dx.doi.org/10.1016/S0022-3999(96)00294-2

Downloads

Publicado

2015-08-25

Como Citar

Kern de Castro, E. K., Peuker, A. C., Romeiro, F., Britz de Lima, N., & Figueiras, M. J. (2015). Preditores de autocuidado de mulheres sadias frente ao câncer de colo de útero. Psico, 46(3), 331–339. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2015.3.18330

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)