Estratégias de Resolução dos Conflitos Conjugais: Percepções de um Grupo Focal

Autores

  • Crístofer Batista da Costa Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Clarisse Pereira Mosmann Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2015.4.20606

Palavras-chave:

Casamento, conflito conjugal, resolução de problemas.

Resumo

A resolução dos conflitos no casamento está associada às estratégias utilizadas pelos cônjuges. Entretanto, os estudos sobre as estratégias e suas repercussões na conjugalidade são escassos no contexto nacional. O objetivo desta pesquisa foi identificar e compreender as estratégias de resolução de conflito utilizadas em casamentos de longa duração e a sua reverberação na dinâmica conjugal. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo. Os dados foram coletados por meio de grupo focal, composto por nove pessoas, e submetidos à análise de conteúdo. Foram identificadas ‘estratégias de prevenção’ dos conflitos auto observando emoções e reações, atentando à predisposição do parceiro ao diálogo e à gravidade dos conflitos. Expectativas e estratégias podem mudar ao longo do tempo de casamento enquanto determinadas características do parceiro e padrões de interação são estáticos e fazem parte da dinâmica do relacionamento que se atualiza e se retroalimenta por meio de questões individuais e conjugais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Crístofer Batista da Costa, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Psicólogo. Especialista em Dinâmica das Relações Conjugais e Familiares (IMED); Mestre em Psicologia Clínica; Doutorando em Psicologia (UNISINOS)

Clarisse Pereira Mosmann, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Psicóloga. Doutora em Psicologia (PUC). Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Referências

Anderson, S., & Johnson, L. (2010). A dyadic analysis of the between and within system alliances on distress. Family Process, 49, 220-235. doi: 10.1111/j.1545-5300.2010.01319.x

Bauer, M. W. (2008). Análise de conteúdo clássica: Uma revisão. In: M. W. Bauer, & G. Gaskell. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático (P. A. Guareschi, trad., 7. ed., pp. 189-217). Petrópolis, RJ: Vozes. (DOI INEXISTENTE)

Bertoni, A., & Bodenmann G. (2010). Satisfied and dissatisfied couples: Positive and negative dimensions, conflict styles, and relationships with family of origin. European Psychologist, 15, 175-184. doi: 10.1027/1016-9040/a000015

Bolze, S. D. A., Crepaldi, M. A., Schmidt, B., & Vieira, M. L. (2013). Relacionamento conjugal e táticas de resolução de conflito entre casais. Actualidades en Psicología, 27(114), 71-85. Recuperado em 17 de fevereiro, 2014, de http://kerwa.ucr.ac.cr/handle/10669/8892 (DOI INEXISTENTE)

Carlson, J., & Dinkmeyer, D. (1987). Adlerian marriage therapy. The American Journal of Family Therapy, 15, 326-332. doi: 10.1080/01926188708250692

Cervo, A. L., & Bervian, P. A. (2006). Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. (DOI INEXISTENTE)

Cundiff, J. M., Smith, T. W., & Frandsen, C. A. (2012). Incremental validity of spouse ratings versus self-reports of personality as predictors of marital quality and behavior during marital conflict. Psychological Assessment, 24, 676-684. doi: 10.1037/a0026637

Falcke, D., Wagner, A., & Mosmann, C. (2013). Estratégias de resolução de conflito e violência conjugal. In T. Féres-Carneiro (Eds.), Casal e Família: transmissão, conflito e violência (pp. 159-176). São Paulo: Caso do Psicólogo. (DOI INEXISTENTE)

Fincham, F. D., Beach, S. R., & Davilla, J. (2004). Forgiveness and conflict resolution in marriage. Journal of Family Psychology, 18, 72-81. doi: 10.1037/0893-3200.18.1.72

Fincham, F. D., Beach, S. R., & Davila, J. (2007). Longitudinal relations between forgiveness and conflict resolution in marriage. Journal of Family Psychology, 21, 542-545. doi: 10.1037/0893-3200.21.3.542

Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed. (DOI INEXISTENTE)

Gibbs, G. (2009). Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Artmed. (DOI INEXISTENTE)

Gottman, J. M. (1998). Psychology and the study of marital processes. Annual Review of Psychology, 49, 169-197. doi: 10.1146/annurev.psych.49.1.169

Hahlweg, K., & Richter, D. (2010). Prevention of marital instability and distress: Results of an 11-year longitudinal follow-up study. Behaviour Research and Therapy, 48, 377-383. doi: 10.1016/j.brat.2009.12.010

Hoppmann, C. A., & Blanchard-Fields, F. (2011). Problem-solving variability in older spouses: How is it linked to problem, person, and couple-characteristics? Psychology and Aging, 26, 525-531. doi: 10.1037/a0024114

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2013). Estatística de Registro Civil. vol. 40. Rio de Janeiro: Autor. Recuperado em 22 de maio, 2014, de http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/135/rc_2013_v40.pdf (DOI INEXISTENTE)

Johnson, M. D., Cohan, C. L., Davila, J., Lawrence, E., Rogge, R. D., Karney, B. R., … Bradbury, T. N. (2005). Problem-solving skills and affective expressions as predictors of change in marital satisfaction. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 73, 15-27. doi: 10.1037/0022-006X.73.1.15

Leggett, D. G., Roberts-Pittman, B., Byczek, S., & Morse, D. T. (2012). Cooperation, conflict, and marital satisfaction: Bridging theory, research, and practice. The Journal of Individual Psydiology, 68(2), 182-199. Recuperado em 17 de fevereiro, 2014, de http://connection.ebscohost.com/c/articles/76259603/cooperation-conflict-marital-satisfaction-bridging-theory-research-practice (DOI INEXISTENTE)

Madhyastha, T. M., Hamaker, E. L., & Gottman, J. M. (2011). Investigating spousal influence using moment-to-moment affect data from marital conflict. Journal of Family Psychology, 25, 292-300. doi: 10.1037/a0023028

McNulty, J. K., O’Mara, E. M., & Karney, B. R. (2008). Benevolent cognitions as a strategy of relationship maintenance: “Don’t sweat the small stuff” ... but it is not all small stuff. Journal of Personality and Social Psychology, 94, 631-646. doi: 10.1037/0022-3514.94.4.631

McNulty, J. K., & Russell, V. M. (2010). When “negative” behaviors are positive: A contextual analysis of the long-term effects of problem-solving behaviors on changes in relationship satisfaction. Journal of Personality and Social Psychology, 98, 587-604. doi: 10.1037/a0017479

Minayo, M. C. S., Souza, E. R., Constantino, P., & Santos, N. C. (2008). Métodos, técnicas e relações em triangulação. In: M. C. S. Minayo, S. G. Assis, & E. R. Souza (Org’s). Avaliação por triangulação de métodos: abordagem de programas sociais (pp. 71-103). 20. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz. (DOI INEXISTENTE)

Mosmann, C., & Falcke, D. (2011). Conflitos conjugais: Motivos e frequência. Revista da SPAGESP, 12(2), 5-16. Recuperado em 18 de fevereiro, 2014, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-29702011000200002 (DOI INEXISTENTE)

Mosmann, C. P., Wagner, A., & Sarriera, J. (2008). A qualidade conjugal como preditora dos estilos educativos parentais: O perfil discriminante de casais com filhos adolescentes. Revista da Associação Portuguesa de Psicologia, 22(2), 161-182. Recuperado em 17 de fevereiro, 2014, de http://revista.appsicologia.org/index.php/rpsicologia/article/view/352 (DOI INEXISTENTE)

Paleari, F. G., Regalia, C., & Fincham, F. D. (2010). Forgiveness and conflict resolution in close relationships: Within and cross partner effects. Universitas Psychologica, 9(1), 35-56. Recuperado em 17 de fevereiro, 2014, de http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=64712156004 (DOI INEXISTENTE)

Rasera, E. F., & Guanaes, C. (2010). Momentos marcantes na construção da mudança em terapia familiar. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 315-322. Recuperado em 18 de fevereiro, 2014, de https://revistaptp.unb.br/index.php/ptp/article/view/383 (DOI INEXISTENTE)

Schoebi, D., Karney, B. R., & Bradbury, T. N. (2012). Stability and change in the first 10 years of marriage: Does commitment confer benefits beyond the effects of satisfaction? Journal of Personality and Social Psychology, 102, 729-742. doi: 10.1037/a0026290

Seider, B. H., Hirschberger, G., Nelson, K. L., & Levenson, R. W. (2009). We can work it out: Age differences in relational pronouns, physiology, and behavior in marital conflict. Psychology and Aging, 24, 604-613. doi: 10.1037/a0016950

Sierau, S., & Herzberg, P. Y. (2012). Conflict resolution as a dyadic mediator: Considering the partner perspective on conflict resolution. European Journal of Personality, 26, 221-232. doi: 10.1002/per.828

Silva, L. P., & Vandenberghe, L. (2009). Comunicação versus resolução de problemas numa sessão única de terapia comportamental de casal. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 11(1), 43-60. Recuperado em 17 de fevereiro, 2014, de http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/383 (DOI INEXISTENTE)

Simmons, R. A., Gordon, P. C., & Chambless, D. L. (2005). Pronouns in marital interaction what do “you” and “i” say about marital health? Psychological Science, 16(12), 932-936. Recuperado em 18 de fevereiro, 2014, de http://pss.sagepub.com/content/16/12/932.short (DOI INEXISTENTE)

Smith, T. W., Berg, C. A., Florsheim, P., Uchino, B. N., Pearce, G., Hawkins, M., … Olsen-Cerny, C. (2009). Conflict and collaboration in middle-aged and older couples: I age differences in agency and communion during marital interaction. Psychology and Aging, 24, 259-273. doi: 10.1037/a0015609

Stieglitz, J., Gurven, M., Kaplan, H., & Winking, J. (2012). Infidelity, jealousy, and wife abuse among Tsimane forager-farmers: Testing evolutionary hypotheses of marital conflict. Evolution and Human Behavior 33, 438-448. doi: 10.1016/j.evolhumbehav.2011.12.006

Sullivan, K. T., Pasch, L. A., Johnson, M. D., & Bradbury, T. N. (2010). Social support, problem solving, and the longitudinal course of newlywed marriage. Journal of Personality and Social Psychology, 98, 631-644. doi: 10.1037/a0017578

Tallman, I., & Hsiao, Y. L. (2004). Resources, cooperation, and problem solving in early marriage. Social Psychology Quarterly, 67, 172-188. doi: 10.1177/019027250406700204

Turato, E. R. (2008). Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: Construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes. (DOI INEXISTENTE)

Veldorale-Brogan, A., Lambert, N. M., Fincham, F. D., & DeWall, C. N. (2013). The virtue of problem-solving: Perceived partner virtues as predictors of problem-solving efficacy. Personal Relationships, 20, 511-523. doi: 10.1111/j.1475-6811.2012.01421.x

Verhofstadt, L. L., Buysse, A., Ickes, W., De Clercq, A., & Peene, O. J. (2005). Conflict and support interactions in marriage: An analysis of couples interactive behavior and on-line cognition. Personal Relationships, 12, 23-42. doi: 10.1111/j.1350-4126.2005.00100.x

Wheeler, L. A., Updegraff, K. A., & Thayer, S. M. (2010). Conflict resolution in mexican-origin couples: Culture, gender, and marital quality. Journal of Marriage and Family, 72, 991-1005. doi: 10.1111/j.1741-3737.2010.00744.x

Whiting, J. B. (2008). The role of appraisal distortion, contempt, and morality in couple conflict: A grounded theory. Journal of Marital and Family Therapy, 34, 44-57. doi: 10.1111/j.1752-0606.2008.00052.x

Zordan, E. P., Wagner, A., & Mosmann, C. (2012). O perfil de casais que vivenciam divórcios consensuais e litigiosos: Uma análise das demandas judiciais. Psico-USF, 17(2), 185-194. Recuperado em 17 de fevereiro, 2014, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712012000200002 (DOI INEXISTENTE)

Downloads

Publicado

2015-12-08

Como Citar

Costa, C. B. da, & Mosmann, C. P. (2015). Estratégias de Resolução dos Conflitos Conjugais: Percepções de um Grupo Focal. Psico, 46(4), 472–482. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2015.4.20606

Edição

Seção

Artigos