Erigir novos corpos, reinventar personas: o ator moderno do cinema brasileiro

Autores

  • Pedro Maciel Guimarães Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2014.1.14520

Palavras-chave:

Ator de cinema, História do Cinema, Cinema Brasileiro

Resumo

Assim como no cinema mundial, o cinema brasileiro chegou à modernidade no final dos anos 1950, início dos anos 1960, quando o Cinema Novo abalou as estruturas tradicionais da produção e da estética dos filmes, no Brasil. Novas estruturas narrativas e novas formas estéticas foram experimentadas pelos cineastas. A mudança atingiu também a maneira de se filmar os corpos dos atores, de fazê-los interagir entre si e com os diretores. Surgem novas formas de interpretação. Os centros teatrais tradicionais do país já não bastam para fornecer ao cinema seus intérpretes. A persona de antigos atores é recuperada e trabalhada pelos novos filmes. A televisão influencia o cinema, é influenciada por ele e surgem novos parâmetros para o star system.

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Biografia do Autor

Pedro Maciel Guimarães, Universidade de São Paulo

Pedro Maciel Guimarães é mestre e doutor em Cinema e Audiovisual pela Sorbonne Nouvelle (Paris 3). Atualmente é pós-doutorando do programa de pós-graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Eca-USP com trabalho sobre atores de cinema, financiado pela Fapesp.

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Publicado

2014-06-03

Como Citar

Maciel Guimarães, P. (2014). Erigir novos corpos, reinventar personas: o ator moderno do cinema brasileiro. Revista FAMECOS, 21(1), 287–307. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2014.1.14520

Edição

Seção

Cinema