Telefones desfiados

Autores

  • João Maia Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Leonardo Viso Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2010.3.8198

Palavras-chave:

Comunicação, cidades, travestis

Resumo

Independente das horas, dos dias e dos expedientes, os habitués da cidade vão deixando marcas que podem ser vistas ou ignoradas. Marcas que (e se) comunicam com cada elemento que compõem esse cenário. Os letreiros dos estabelecimentos comerciais, o mau-cheiro dos indesejáveis, as pichações nos muros, os sacos de lixos dos prédios e os cartazes nos postes e orelhões. Saí em busca de algumas dessas marcas para elaborar esse artigo/ensaio. Através dessas marcas pretendo iniciar questões referentes à ocupação, circulação e sociabilidade das travestis no espaço urbano. Nesse trabalho partirei da análise de anúncios colados em telefones públicos nas regiões da Glória/Lapa e de Copacabana. Duas áreas cariocas que abrigam pontos de circulação e prostituição de travestis. Tratarei tais anúncios como marcas deixadas pelos travestis que vivem/trabalham/circulam nesses bairros.

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Biografia do Autor

João Maia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

P

Leonardo Viso, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Como Citar

Maia, J., & Viso, L. (2011). Telefones desfiados. Revista FAMECOS, 17(3), 304–313. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2010.3.8198

Edição

Seção

Cultura da Mídia