Estudo de prevalência de Desordens Temporomandibulares (tmd) e qualidade de vida em uma população de idosos institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2017.1.26442Resumo
OBJETIVO: Esse estudo multidisciplinar de prevalência teve como objetivo identificar a prevalência de TMD, dor crônica e qualidade de vida de pacientes
idosos institucionalizados no sul do Brasil, incluindo depressão e níveis de somatização. Métodos: 40 sujeitos (55% mulheres, idade média de 75 anos,
80% Caucasiana com necessidade de tratamento dentário foram selecionados de duas instituições de longa permanência para idosos em Porto Alegre.
O Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL) foi utilizado para avaliar a qualidade de vida, o questionário para
Critério Diagnóstico de Desordens Temporomandibulares (RDC/TMD) para sinais e sintomas de DTM bem como depressão e níveis de somatização e o
Inventário de Saúde Dental de North York (NYDHS ) para o estado de saúde oral. Result ados: Aproximadamente 60% completou ensino fundamental.
População de baixa renda (85% 75 a 500 dólares por mês). A maioria (56,4%) nasceram no campo. Dez por cento possuem alta intensidade de dor
com 2,5% acompanhada de limitação moderada. Esses sinais e sintomas de DTM foram associados com deficiência significativa nas funções diárias e
tiveram um impacto negativo no nível de estresse psicológico e qualidade de vida dos idosos institucionalizados. Além disso, quase 97,5% dos idosos
demonstraram algum grau de depressão e 57,5% tiveram níveis de somatização moderados a altos. Conclusões: A proporção de idosos com sinais
e sintomas de DTM foi baixa; entretanto, a grande frequência de depressão e somatização e um grande número em necessidade atual de tratamento
destaca a importância de avaliar os idosos em todos os aspectos.
Palavras-chave: desordem temporomandibular; dor orofacial; depressão; somatização; qualidade de vida; idosos.
Downloads
Referências
World Health Organization (WHO). [cited 2016 Apr 25];
Available from: http://www.who.int/ageing/primary_health_
care/en/
World Health Organization (WHO). Envelhecimento
Ativo: Uma Política de Saúde / World Health Organization.
Tradução Suzana Gontijo. Brasília: Organização Pan-
Americana; 2005.
Committee on Advancing Pain Research, Care, and
Education, Institute of Medicine. Relieving Pain in America:
A Blueprint for Transforming Prevention, Care, Education,
and Research. Washington, DC: The National Academies
Press; 2011.
Dellaroza MSG, Pimenta CAM, Matsuo T. Prevalência
e caracterização da dor crônica em idosos não institucionalizados.
Cad Saúde Pública. 2007;23(5):1151-60.
Siqueira SR, Vilela TT, Florindo AA. Prevalence of headache
and orofacial pain in adults and elders in a Brazilian
community: an epidemiological study. Gerodontology. 2015
June;32(2):123-31.
Aggarwal VR, Macfarlane GJ, Farragher TM, McBeth J. Risk
Factors for Onset of Chronic Oro-Facial Pain – Results of
the North Cheshire Oro-Facial Pain Prospective Population
Study. Pain. 2010 May;149(2):354-9.
Canterji MB, Amenábar JM, Lima LKD, Padilha DMP,
Sousa ACAD. Frequência de Sinais Clínicos e Sintomas
de Disfunções Temporomandibulares em Pacientes Idosos
Institucionalizados. Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre. 2004;
(1):48-51.
Dworkin SF, LeResche L. Research Diagnostic Criteria for
Temporomandibular Disorders. J Craniomandib Disord. 1992
Fall;6(4):301-55.
Payne BJ, Locker D. Preventive oral health behaviors in
a multi-cultural population: the North York Oral Health
Promotion Survey. J Can Dent Assoc. 1994 Feb;60(2):
-30, 133-9.
Fleck MP, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G,
Santos L, Pinzon V. Application of the Portuguese version
of the instrument for the assessment of quality of life of the
World Health Organization (WHOQOL-100). Rev Saude
Publica. 1999 Apr;33(2):198-205
Lwanga SK, Lemeshow S. Sample size determination
in health studies. A practical manual. World Health
Organization; 1991.
Locker D, Slade G. Association of symptoms and signs of
TM disorders in an adult population. Community Dent Oral
Epidemiol. 1989 June;17(3):150-3.
Abud MC, dos Santos JF, da Cunha V de P, Marchini L.
TMD and GOHAI indices of Brazilian institutionalised
and community-dwelling elderly. Gerodontology. 2009
Mar;26(1):34-9.
Runcan PL. Elderly institutionalization and depression.
Procedia – Social and Behavioral Sciences. 2012;33:
-13.
Osterberg T, Carlsson GE, Wedel A, Johansson U. A
cross-sectional and longitudinal study of craniomandibular
dysfunction in an elderly population. J Craniomandib Disord.
Fall;6(4):237-45.
Guarda-Nardini L, Piccotti F, Mogno G, Favero L, Manfredini
D. Age-Related Differences In Temporomandibular Disorder
Diagnoses. Cranio. 2012 Apr;30(2):103-9.
Wan KY, McMillan AS, Wong MC. Orofacial Pain Symptoms
and Associated Disability and Psychosocial Impact in
Community-Dwelling and Institutionalized Elderly in Hong
Kong. Community Dent Health. 2012 Mar;29(1):110-6.
Almagro Céspedes I, Castro Sánchez AM, Matarán Peñarocha
GA, Quesada Rubio JM, Guisado Barrilao R, Moreno Lorenzo
C. Temporomandibular Joint Dysfunction, Disability and
Oral Health in a Community-Dwelling Elderly Population.
Nutr Hosp. 2011 Sept-Oct;26(5):1045-51.
Meeks TW, Dunn LB, Kim DS, Golshan S, Sewell DD,
Atkinson JH, Lebowitz BD. Chronic pain and depression
among geriatric psychiatry inpatients. Int J Geriatr Psychiatry.
June;23(6):637-42.
Von Korff M, Dworkin SF, Le Resche L, Kruger A. An
epidemiologic comparison of pain complaints. Pain. 1988
Feb;32(2):173-83.
Grossi ML, Goldberg MB, Locker D, Tenenbaum HC.
Irritable Bowel Syndrome Patients Versus Responding and
Nonresponding Temporomandibular Disorder Patients:
A Neuropsychologic Profile Comparative Study. Int J
Prosthodont. 2008 May-June;21(3):201-9.
Calabrese SK, Lyness JM, Sörensen S, Duberstein PR.
Personality and the association of pain and depression. Am
J Geriatr Psychiatry. 2006 June;14(6):546-9.
Baernholdt M, Hinton I, Yan G, Rose K, Mattos M. Factors
associated with quality of life in older adults in the United
States. Qual Life Res. 2012 Apr;21(3):527-34.
Bielderman A, Greef MH, Krijnen WP, van der Schans CP.
Relationship between socioeconomic status and quality
of life in older adults: a path analysis. Qual Life Res. 2015
July;24(7):1697-705.
Power JD, Perruccio AV, Badley EM. Pain as a mediator of
sleep problems in arthritis and other chronic conditions.
Arthritis Rheum. 2005 Dec 15;53(6):911-9.
IBGE. [Cited 2016 Apr 25]. Available from: www.ibge.gov.br
Böckerman P, Johansson E, Saarni S. Institutionalisation and
quality of life for elderly people in Finland; 2011.
Ohrbach R, Turner JA, Sherman JJ, Mancl LA, Truelove
EL, Schiffman EL, Dworkin SF. The research diagnostic
criteria for temporomandibular disorders. IV: evaluation of
psychometric properties of the axis II measures. J Orofac
Pain. 2010 Winter;24(1):48-62.
Silveira AM, Feltrin PP, Zanetti RV, Mautoni MC. Prevalence
of patients harboring temporomandibular disorders in an
otorhinolaryngology departament. Braz J Otorhinolaryngol.
July-Aug;73(4):528-32.
Progiante PS, Ficht DM, Lemos MS, Grossi PK, Grossi ML.
Prevalence of temporomandibular disorders and orofacial
pain in battered women in Brazilian shelters. Rev Odonto
Ciênc. 2011;26(3):227-31.
Sasa S, Ljiljana K, Dragan M, Slobodan V, Mirjana B.
Prevalence of Temporomandibular dysfunctions symptoms
in children and in adults. Healthmed. 2012;6(5):1779-85.
Osterberg T, Carlsson GE. Relationship between symptoms
of temporomandibular disorders and dental status, general
health and psychosomatic factors in two cohorts of 70-yearold
subjects. Gerodontology. 2007 Sept;24(3):129-35.
Unell L, Johansson A, Ekbäck G, Ordell S, Carlsson
GE. Prevalence of troublesome symptoms related to
temporomandibular disorders and awareness of bruxism
in 65- and 75-year-old subjects. Gerodontology. 2012
June;29(2):e772-9.
Vilalta VC, dos Santos MBF, da Cunha VPP, Marchini L.
Depression and TMD among elderly: A pilot study. Braz
Dent Sci. 2012 Apr-June;15(2):71-5.
Saintrain MV, Bizerril DO, Vieira APG. Oral Health of
Institutionalized and Non-institutionalized Elders. Sci-Afric
J. Sci. Issues. Res. Essays. 2014 Apr;2(4):160-65.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a PAJAR implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a PAJAR como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.