Mulheres pós-menopáusicas: o papel da estética na imagem corporal, humor e qualidade de vida

Autores

  • Fabiane Skopinski
  • Rodolfo Herberto Schneider Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Estética. Pós-menopausa. Imagem corporal. Depressão e qualidade de vida.

Resumo

Introdução: O envelhecimento provoca uma série de alterações corporais e psicológicas, porém alterações estéticas na velhice ainda são pouco relatadas na literatura, estando essas alterações relacionadas à imagem corporal (IC), humor e qualidade de vida (QV). Objetivos: Caracterizar quanto à imagem corporal, ao humor e à qualidade de vida (QV) as mulheres pósmenopáusicas que buscam atendimento estético especializado. Métodos: Estudo transversal com 46 mulheres que buscaram atendimento estético. Foram utilizados a Escala de Depressão Geriátrica – GDS-15, WHOQOL–bref, Escala de Silhuetas de Stunkard, além de um questionário relacionado à idade, estado civil, ocupação, renda pessoal e familiar, escolaridade, tempo de menopausa, índice de Massa Corporal (IMC), razão pela procura de tratamento estético e mudanças físicas percebidas no período da pós-menopausa. Os dados foram analisados pelo teste exato de Fisher e teste t-student, além do coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman. O nível de significância foi de 5% (p≤0,05). O estudo foi aprovado pelo CEP-PUCRS.
Resultados: A média de idade das participantes foi de 60 anos e o tempo de menopausa variou de 5,4 a 13,7 anos. Verificou-se que 39 mulheres (84,8%) está insatisfeita com sua IC, apresentou escores superiores a 70 pontos em todos os domínios da QV, e 27 (69,2%) não apresentou Síndrome Sintomatológica Depressiva (SSD). Em relação ao IMC, 41,3% das participantes eram eutróficas, 17,4% obesas e 41,3% apresentaram sobrepeso. A insatisfação com a IC apresentou associação positiva com os SSD (rs=0,367; p=0,012) e com o IMC (rs=0,522; p<0,001), e negativas com os domínios físico (rs=-0,393; p<0,01), psicológico (rs=-0,355; p<0,05) e ambiente (rs=-0,329; p<0,05) da QV. A maioria das mulheres buscou o serviço por razões estéticas somente (41,3%) ou por razões estéticas e de saúde (41,3%). Verificou-se que 85% da amostra apresentou satisfação com o tratamento estético atual, sendo que as principais mudanças físicas percebidas foram diminuição da elasticidade (76,08%) e oleosidade da pele (52,17%), aumento da ptose facial (80,43%), flacidez facial (78,26%), gordura corporal (78,26%), flacidez corporal (73,91%), cabelos brancos (69,50%), peso corporal (65,21%), ressecamento da pele (65,21%), manchas na face (56,52%) e cansaço (52,17%). Conclusão: O estudo mostrou que a maioria das mulheres avaliadas são insatisfeitas com a sua IC, têm alto nível de satisfação com sua QV e não apresentam SSD. Nelas a satisfação com a IC está relacionada à melhor QV, menor probabilidade de apresentar SSD, menor IMC e maior renda. Essas mulheres buscaram atendimento principalmente por questões de estética e saúde, estando, em sua maioria, satisfeitas com o tratamento.

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Biografia do Autor

Fabiane Skopinski

Mestre em Gerontologia Biomédica pela PUCRS

Rodolfo Herberto Schneider, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela PUCRS

Doutor em Medicina e Ciências da Saúde pela PUCRS

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Publicado

2015-06-23

Como Citar

Skopinski, F., & Schneider, R. H. (2015). Mulheres pós-menopáusicas: o papel da estética na imagem corporal, humor e qualidade de vida. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 2(1), 35. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/pajar/article/view/20247

Edição

Seção

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