História e condição feminina na obra A Carne (1888), de Júlio Ribeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2020.2.37461

Palavras-chave:

Júlio Ribeiro, naturalismo, História das mulheres

Resumo

Este artigo analisa o romance A Carne, publicado pela primeira vez em 1888, a partir da inserção dessa narrativa ficcional em uma perspectiva embasada nos estudos de sexualidade e da história das mulheres.  Foi realizada uma abordagem comparativa entre A Carne e outros romances naturalistas do mesmo período, com ênfase na crítica social presente nessa literatura. Sobretudo, no tocante as idealizações românticas sobre o matrimônio que eram colocadas como padrões a ser seguidos pelas mulheres. A obra destacada, em termos gerais, causou uma grande polêmica e foi censurada por vários jornalistas e críticos literários que atuaram na imprensa carioca. Problematizamos, portanto, a representação da mulher e a reação de alguns jornalistas ao romance A Carne.

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Biografia do Autor

Joachin Azevedo Neto, Universidade de Pernambuco (UPE), Petrolina, PE, Brasil.

Doutor em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC;
professor da Universidade de Pernambuco (UPE), em Petrolina, PE.

Ediene Gomes da Silva, Universidade de Pernambuco (UPE), Petrolina, PE, Brasil.

Graduanda em História pela Universidade de Pernambuco (UPE), em Petrolina, PE.

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Publicado

2020-11-05

Como Citar

Neto, J. A., & da Silva, E. G. (2020). História e condição feminina na obra A Carne (1888), de Júlio Ribeiro. Oficina Do Historiador, 13(2), e37461. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2020.2.37461

Edição

Seção

Artigos