Feminismos em debate: disputas, contradições e tensões (1930-1937)

Autores

  • Iracélli da Cruz Alves Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2017.2.23904

Palavras-chave:

Mulheres. Política. Feminismos.

Resumo

O artigo analisa a militância feminista de um grupo de mulheres do Partido Comunista do Brasil, atualmente denominado Partido Comunista Brasileiro (PCB) entre 1930 e 1937, bem como as relações estabelecidas com outros grupos feministas do período. A preocupação central é evidenciar a forma como as pecebistas concebiam a luta e as críticas que fizeram a outros grupos feministas. No início do século XX, tornou-se crescente o número de mulheres organizadas em prol de mudanças político-sociais para o gênero feminino. No período, surgiram organizações feministas que lutaram por mais direitos para as mulheres. A luta pela emancipação feminina era permeada por tensões. Uma parcela das mulheres do PCB entendia o feminismo como um movimento “pequeno-burguês”, por isso, inadequado para as mulheres que estavam verdadeiramente preocupadas com a emancipação feminina. Não se assumir feminista não significava, necessariamente, falta de engajamento com as pautas comuns aos feminismos. Afora todas as tensões, a luta das mulheres dentro do PCB e as relações intrapartidárias também foram marcadas por tensões e contradições. Nesse sentido, o texto visa refletir sobre parte do debate presente nas lutas feministas na primeira metade do século XX.

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Biografia do Autor

Iracélli da Cruz Alves, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutoranda em História na Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestra em História na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Graduada em Licenciatura Plena em História (UNEB).

Referências

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Publicado

2018-01-11

Como Citar

Alves, I. da C. (2018). Feminismos em debate: disputas, contradições e tensões (1930-1937). Oficina Do Historiador, 10(2), 113–130. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2017.2.23904