Percepções e limites do fazer científico: o caso da Imperial Comissão Científica de Exploração (1859-1861)

Autores

  • Karoline Viana Teixeira Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2015.2.21902

Palavras-chave:

ciência, história, viagem

Resumo

Considerada a primeira viagem científica composta exclusivamente por naturalistas brasileiros, a Comissão Científica de Exploração refletia o esforço do Império brasileiro na promoção de descobertas que viessem a alavancar a economia do país, como ocorria nas nações europeias do século XIX. A despeito das críticas, escassez de verbas e desavenças que minaram a continuidade dos seus trabalhos, gostaria de abordar aqui a experiência da Comissão Científica dentro das possibilidades e limites no uso da ciência como braço intelectual do desenvolvimento do Império brasileiro, num país que buscava lidar com a herança colonial e, ao mesmo tempo, estabelecer-se como nação moderna e civilizada, capaz de empreender o conhecimento de seu próprio território.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karoline Viana Teixeira, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Ceará (UFC)

Referências

BRAGA, Renato. História da Comissão Científica de Exploração. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1962.

DIAS, Antonio Gonçalves. Trabalhos da Comissão Científica de Exploração – Parte Histórica. In BRAGA, Renato. História da Comissão Científica de Exploração. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1962.

GREGÓRIO, Vitor Marcos. “O progresso a vapor: navegação e desenvolvimento na Amazônia do século XIX”. Nova Economia, Belo Horizonte, n. 19 (1), janeiro-abril de 2009.

LISBOA, Karen Macknow. A Nova Atlântida de Spix e Martius: natureza e civilização na Viagem pelo Brasil (1817-1820). São Paulo, Editora Hucitec, 1997.

LOPES, Maria Margaret. Mais vale um jegue que me carregue que um camelo que me derrube... lá no Ceará. História Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de Janeiro, Fiocruz, volume III, março-junho de 1996.

MATTOS, Ilmar Rohloff de. O tempo saquarema. São Paulo: Hucitec; Brasília, INL, 1987.

NEVES, Guilherme Pereira das. “Natureza, ciência e política no mundo luso brasileiro de inícios do século XIX. In: KURY, Lorelai e GESTEIRA, Heloísa (orgs.). Ensaios de história das ciências no Brasil: das Luzes à nação independente. Rio de Janeiro: Ed UERJ, 2012, p. 281-291.

______. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1997.

PORTO ALEGRE, Maria Sylvia. Comissão das Borboletas: a ciência do Império entre o Ceará e a Corte (1856-1867). Fortaleza, Museu do Ceará/ Secult, 2003.

PRATT, Mary Louise. Os Olhos do Império. Relatos de viagem e transculturação. Bauru: EDUSC, 1999.

RAMINELLI, Ronald. Viagens Ultramarinas: monarcas, vassalos e governo a distância. 1ª edição, São Paulo, Alameda Editorial, 2008, p. 214.

RAMOS, Francisco Régis Lopes. O Fato e a Fábula: o Ceará na escrita da História. Fortaleza, Expressão Gráfica, 2012.

Downloads

Publicado

2015-11-23

Como Citar

Teixeira, K. V. (2015). Percepções e limites do fazer científico: o caso da Imperial Comissão Científica de Exploração (1859-1861). Oficina Do Historiador, 8(2), 43–59. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2015.2.21902