TY - JOUR AU - Trapp, Rafael Petry AU - Silva, Mozart Linhares da PY - 2012/10/17 Y2 - 2024/03/29 TI - Para além do Atlântico Negro: problematizações sobre antirracismo e transnacionalismo no Brasil (1978-2010) JF - Oficina do Historiador JA - Oficina do Hist. VL - 5 IS - 1 SE - Artigos DO - UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/11916 SP - 35-54 AB - A partir da Conferência de Durban, em 2001, os movimentos antirracismo no Brasil sofreram significativa reestruturação, pois a participação do país nessa conferência propiciou uma nova perspectiva de ação política. Desde o final da década de 1970, o Movimento Negro tem exercido forte influência nas lutas antirracistas, ao adotar uma política não apenas denunciadora do racismo, mas propositiva, apontando para a urgência da revisão das posturas do Estado frente à chamada “questão racial”. Com a Conferência de Durban, o Brasil passou a se inserir no quadro transnacional do antirracismo, instituindo-se politicamente no espaço do Atlântico Negro, conceito de Paul Gilroy largamente utilizado para pensar o trânsito do pensamento intelectual afrodescendente no eixo África-América-Europa. Ao problematizar o Brasil no âmbito do Atlântico Negro, inquirimos as especificidades das relações étnicas na formação histórica do Brasil, que podem tensionar a utilização dessa categoria no contexto brasileiro. Durban, assim como o Atlântico Negro, instituem o internacionalismo no antirracismo no Brasil, provocando um debate sobre o particularismo da história nacional e o transnacionalismo. ER -