A história da coleta de resíduos em Novo Hamburgo, RS e uma proposta de uma nova roteirização utilizando sistema de informações geográficas
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2020.2.38033Palavras-chave:
impactos ambientais, resíduos sólidos urbanos, emissões de gasesResumo
A elevação do número da população mundial, nas últimas décadas, vem acarretando um aumento exorbitante na produção de resíduos sólidos urbanos (RSU). Em consequência, o processo de gerenciamento dos RSU (serviços de coleta, transporte e destinação), que visa minimizar os impactos ambientais, tem gerado grandes custos aos cofres públicos. Além do impacto na economia, o transporte de RSU acarreta grandes volumes de emissões de gases do efeito estufa (GEE), causando fortes dados à atmosfera. Esta pesquisa fez uma análise histórica do gerenciamento dos RSU no município de Novo Hamburgo, no estado do Rio Grande do Sul, e propôs uma nova roteirização para a coleta destes resíduos utilizando diferentes cenários. Para isso foi utilizado a ferramenta Network Analyst dentro de um software de Sistema de Informação Geográfica para identificar as rotas mais eficientes para os veículos coletores de RSU. A partir desta informação foram estimados os custos financeiros e também as emissões de GEE para realizar a coleta. Os resultados demonstraram que para compensar os gases emitidos pelos caminhões de coleta de RSU em um período de um ano seriam necessários plantar mais de 285 mil árvores nativas da Mata Atlântica dependendo do cenário de roteirização utilizado, isto dá uma área média equivalente a 15.900 campos de futebol, sem levar em consideração o transporte desses resíduos até o aterro sanitário de Minas do Leão, o qual se localiza a mais de 100 km do centro de Novo Hamburgo, o que iria aumentar consideravelmente esse valor. Portanto, uma análise histórica da coleta de resíduos e a definição de rotas de transporte de RSU mais eficientes trará ao município melhores serviços de limpeza pública e mitigação dos impactos ambientais.
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