Modernidade para quem?: o negro e a urbe paulistana

Autores

  • Sheila Alice Gomes da Silva PUC-SP
  • Felipe Eugênio de Leão Esteves Doutorando FFCH Historia (UFBA) Mestre em História Social (PUC-SP).

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.23987

Palavras-chave:

Modernidade, Cidade de São Paulo, Grupos negros e urbanização.

Resumo

Resultado das discussões engendradas para a composição da dissertação de mestrado intitulada: “Negros em Guaianases: Cultura e Memória”, o presente artigo estabelece uma contextualização a partir dos processos migratórios do campo para o território urbano, tendo como atores grupos negros e imigrantes, sobretudo, italianos, para refletir sobre os processos de urbanização da cidade de São Paulo. Pautados numa modernidade elitista e de caráter eurocêntrica, impressa - na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX - nos territórios centrais da urbe, nos leva a identificar consequências sobre a presença dos grupos negros que habitavam as respectivas regiões. Em nome de um projeto civilizatório baseado na projeção europeia de embelezamento e de progresso, levado a frente por uma incipiente burguesia urbana, ações higiênicas de extrema violência expulsaram e segregaram tais populações. Logo, pergunta-se: Modernidade para quem? Mais do que uma cidade buscando um pseudo desenvolvimento, seu ideal era branco, europeu, não havia espaços para os negros. A modernidade buscada se fez seletiva e discriminatória, num movimento materializado no tecido urbano que destacou privilégios de uns a custa da invisibilidade de outros.

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Biografia do Autor

Sheila Alice Gomes da Silva, PUC-SP

Doutoranda e Mestre em História Social (PUC-SP); Pesquisadora associada ao Centro de Estudos das culturas africanas e da diáspora – CECAFRO e do Núcleo de Estudos de História Social da Cidade – NEHSC, ambos da PUC-SP; atuou como Professora da Universidade Camilo Castelo Branco ministrando a disciplina História e Cultura afro-brasileira e Tutora da Universidade Federal de São Paulo no curso de pós-graduação em Promoção da Igualdade Racial.

Felipe Eugênio de Leão Esteves, Doutorando FFCH Historia (UFBA) Mestre em História Social (PUC-SP).

Mestrando em História Social (PUC-SP); Pesquisador associada ao Centro de Estudos das culturas africanas e da diáspora – CECAFRO e do Núcleo de Estudos de História Social da Cidade – NEHSC, ambos da PUC-SP.

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Publicado

2018-07-29

Como Citar

Silva, S. A. G. da, & de Leão Esteves, F. E. (2018). Modernidade para quem?: o negro e a urbe paulistana. Oficina Do Historiador, 11(1), 5–20. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2018.1.23987

Edição

Seção

Artigos