A revolta estudantil e a luta pela democratização do sistema educacional chileno

Autores

  • Rafael Betencourt UERJ

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2016.2.21321

Palavras-chave:

Movimento estudantil, Chile, América Latina.

Resumo

Desde 2011 a acção do movimento estudantil chileno vem constantemente atraindo a atenção do mundo e se apresenta actualmente como um importante ator político naquele país. A luta dos estudantes chilenos por uma educação pública e gratuita cresceu reverberando os ecos da Primavera Árabe e dos “indignados” na Europa, evidenciando uma crise do modelo de democracia representativa e indicando novamente as ruas como um forte espaço de política. Qualquer análise sociopolítica de tal movimento é dependente da compreensão do seu papel histórico naquela sociedade. O presente artigo pretende abordar a formação social  do movimento dos estudantes chilenos, apresentando a luta contra a herança institucional educacional estabelecida na transição da ditadura de Pinochet  para o projeto consensual de uma nova democracia chilena. Dessa forma as demandas políticas dos estudantes chilenos esbarram nos limites de qualquer tipo de transformação radical imposta por um  histórico consenso democrático entre direita e esquerda. As ruas ainda seguem sendo  alternativa para a crise  institucional de representatividade que a sociedade chilena enfrenta desde de sua transição para a democracia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rafael Betencourt, UERJ

Graduado em História pela PUC- Rio.

Especialista em Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra.

Mestre em História Moderna e Contemporanea pelo ISCTE- Lisboa.

Doutorando em História Social pela UERJ.

Area: América Latina.

Referências

ATRIA, Fernando. La Mala Educación. Santiago: Catalonia, 2012.

FOXLEY, Alejandro. Experimentos neoliberales en América Latina. México: Fondo de Cultura Económica, 1988.

GARCÉS, Mario. El Despertar de la Sociedad: Los movimentos sociales en América Latina y Chile. Santiago: LOM Ediciones, 2011.

GARRETÓN, Manuel A. La Redemocratización politica en Chile: transición, inauguración y evolución. Santiago: Estudos Publicos, nº42, pp. 102-133,1991.

HARVEY, David. Neoliberalismo: História e Implicações. São Paulo: Edições Loyola, 2008.

OLIVA, Maria A. “Politica Educativa y Profundizacion de la desigualdad en Chile: Educational Policy and deepening of unequality in Chile”. Santiago: Estudios Pedagógicos XXXIV, Nº 2: 207-226, 2008.

POLANYI, Karl. A Grande Transformação: As origens políticas e económicas do nosso tempo. Lisboa: Edições 70, 2012.

ROBERTS, Kenneth M. Deepening Democracy? The Modern Left and Social Movements in Chile and Peru.California: Stanford University Press, 1998.

SALAZAR, Gabriel. En el Nombre del Poder Popular Constituyente. Santiago: LOM Ediciones, 2011.

STERN, Steve J. Reckoning with Pinochet: The Memory Question in Democratic Chile, 1989- 2006. Durham: Duke University Press, 2010.

VALLEJO, Camila. Podemos cambiar el mundo. Cidade do México: OceanSur, 2012.

VARGAS, Viviane B. Neoliberalismo, protesta popular y transición en Chile, 1973 -1989. Política y Cultura, Cidade do México, núm. 37, pp. 85-112, primavera 2012.

ZANATTA, Loris. Historia de America Latina. Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 2014.

Downloads

Publicado

2016-12-21

Como Citar

Betencourt, R. (2016). A revolta estudantil e a luta pela democratização do sistema educacional chileno. Oficina Do Historiador, 9(2), 175–192. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2016.2.21321

Edição

Seção

Artigos