O SOFRIMENTO COMO CATEGORIA DE PERTENCIMENTO NO FOTOJORNALISMO: O OLHAR ESTIGMATIZANTE SOBRE O SERTANEJO NAS FOTORREPORTAGENS DE O CRUZEIRO (1946-1951).

Autores

  • Ialê Menezes Leite Costa PUCRS

Palavras-chave:

Fotojornalismo. O Cruzeiro. Sertanejo.

Resumo

O presente artigo parte de pesquisa de mestrado, a qual busca identificar por meio das fotorreportagens de Pierre Verger um outro olhar na revista O Cruzeiro (1946-1951) acerca da figura do sertanejo. Aqui, pretendemos explorar a construção de uma certa linguagem visual presente nas páginas da revista, que pareceu construir um discurso estigmatizador de sofrimento em torno do tema. A fim de compreender o momento de formação da identidade visual do periódico, se faz necessário analisar e criticar as diferentes linguagens visuais em diálogo, não apenas a de Pierre Verger. Por meio de uma análise qualitativa de fotorreportagens, sendo estas pertencentes ao período de análise (qual seja, o do primeiro contrato de Pierre Verger com a revista), buscaremos mostrar o processo de constituição de um certo discurso visual veiculado no fotojornalismo de O Cruzeiro que associa o sofredor a uma categoria de pertencimento. As fotorreportagens parecem apontar para a estratégia de representação do sertanejo (ainda hoje utilizada) acerca de sua miséria, de seu incipiente habitat, bem como de seu atraso frente ao Brasil considerado moderno, através de um olhar vitimizador e estigmatizante.

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Biografia do Autor

Ialê Menezes Leite Costa, PUCRS

História /Cultura Visual

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Publicado

2014-10-17

Como Citar

Costa, I. M. L. (2014). O SOFRIMENTO COMO CATEGORIA DE PERTENCIMENTO NO FOTOJORNALISMO: O OLHAR ESTIGMATIZANTE SOBRE O SERTANEJO NAS FOTORREPORTAGENS DE O CRUZEIRO (1946-1951). Oficina Do Historiador, 449–465. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/19014