TY - JOUR AU - Teixeira, Thaís Fernanda Rodrigues da Luz AU - da Silva, Paulo César Andrade PY - 2020/12/31 Y2 - 2024/03/28 TI - Figurações da diáspora: travessia e resistência em Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves JF - Navegações JA - Navegações VL - 13 IS - 2 SE - Ensaios DO - 10.15448/1983-4276.2020.2.37151 UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/navegacoes/article/view/37151 SP - e37151 AB - <p>Na obra <em>Um defeito de cor</em>, de Ana Maria Gonçalves (2016), a protagonista Kehinde, recupera e dita suas memórias a fim de reconstruir suas vivências e deixá-las como legado ao filho perdido, num diálogo repleto de significados e questionador dos discursos colonialistas. Segundo Ribeiro (2017), para a mulher negra, falar sobre suas experiências, significa ocupar o lugar de fala, isto é, ultrapassar o silêncio instituído para quem foi subalternizado, um movimento no sentido de romper com a hierarquia. Os espaços (re)configurados remetem à resistência, desmitificando o imaginário construído pelos colonizadores que os negros são naturalmente inferiores e não têm história (MUNANGA, 2009). Desse modo, o discurso trazido por Kehinde é contra hegemônico no sentido que visa desestabilizar a norma, porém, igualmente é discurso forte e construído a partir de outros referenciais e geografias, visa pensar outras possibilidades de existências para além das impostas pelo regime discursivo dominante (RIBEIRO, 2017).</p> ER -