TY - JOUR AU - Rosa, Nícolas Pereira AU - Guedes, Manoela de Quadros de Paula AU - Leite, Maria Alzira PY - 2020/01/06 Y2 - 2024/03/28 TI - A literatura marginal periférica e o cânone literário JF - Navegações JA - Navegações VL - 12 IS - 2 SE - Ensaios DO - 10.15448/1983-4276.2019.2.35099 UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/navegacoes/article/view/35099 SP - e35099 AB - <p>A literatura é, em grande medida, tributária de uma visão de cultura identificada a manifestações artísticas e intelectuais eruditas, guardando prerrogativas de gostos, padrões estéticos e morais dos grupos que detêm o poder de legitimá-la. A despeito da prevalência de posições de privilégio nos modos de representação e institucionalização da literatura, as formas de intervenção da literatura no espaço social têm sofrido uma expansão considerável na cultura contemporânea, fenômeno observável em manifestações como a entrada em cena de vozes marginais, que conferem usos e finalidades singulares às expressões literárias, problematizando concepções canônicas que reduzem o estético ao normativo, ao primado do individual e do privado. Diante desse cenário, o presente artigo confronta concepções canônicas de literatura vigentes na crítica contemporânea com questionamentos derivados da produção literária periférica. Para tanto, são analisadas, de um lado, a visão de literatura de Leyla Perrone-Moisés, no livro Mutações da literatura no século XXI; de outro, as formulações de dois dos mais destacados autores da literatura marginal periférica, Ferréz e Sérgio Vaz, a partir dos textos “Terrorismo literário” e “Literatura das ruas”, respectivamente. Ao final, o artigo tece reflexões sobre o lugar da literatura na cultura contemporânea.</p> ER -