As fronteiras do opaco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4276.2021.2.39306

Palavras-chave:

Erico Verissimo, Vietnã, Humanismo

Resumo

O tópico central de O prisioneiro, novela de Erico Verissimo, é, segundo o autor, a estupidez humana em muitos aspectos. Sua declaração é categórica, mas vaga. O texto de Verissimo tem como temas principais o racismo e a guerra, com suas violências e violações. Mas se em aspectos valorativos ambos, a guerra e o racismo, mantém vizinhanças com a estupidez, sua unificação demanda menos subjetividade. A passagem daquilo que os aproxima para aquilo que os iguala é a função ética do libelo humanista do autor. Este artigo se dedica à sua contraparte literária, de caráter epistêmico; tento mostrar que a estrutura da novela permite delinear, para além da ilegitimidade das ações políticas em questão, a fragilidade e a insuficiência das próprias crenças com as quais se pretende fundamentá-las.

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Biografia do Autor

Benhur Bortolotto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; doutorando em Literatura pela mesma universidade.

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Publicado

2021-12-16

Como Citar

Bortolotto, B. (2021). As fronteiras do opaco. Navegações, 14(2), e39306. https://doi.org/10.15448/1983-4276.2021.2.39306

Edição

Seção

Ensaios