Parafrasear: Por quê? Para quê?

Autores

  • Onici Claro Flôres Universidade de Santa Cruz do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2016.2.23314

Palavras-chave:

Leitura, Paráfrase, Escrita, Ensino

Resumo

O presente artigo enfoca a paráfrase enquanto um processo linguístico-cognitivo, fundamentando-se em estudos neurocientíficos (DEHAENE, 2012; IZQUIERDO, 2011; van DIJK, 2010 etc.). Seu objetivo é, através de uma retrospectiva dos estudos já realizados a respeito do tema, como os de Fuchs (1982, 1985) e de outros autores, situar a presente abordagem, destacando a importância da repetição e da paráfrase para a construção do conhecimento. Por fim, sugere que a paráfrase seja reconhecida e valorizada tanto para testar a compreensão leitora quanto para estimular a produção escrita, entre acadêmicos e estudantes dos demais níveis de ensino.

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Flôres, O. C. (2016). Parafrasear: Por quê? Para quê?. Letrônica, 9(2), 253–263. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2016.2.23314