TY - JOUR AU - Boarin, Fernanda Vivacqua de Souza Galvão PY - 2021/05/05 Y2 - 2024/03/28 TI - Desaprendendo a escrever o humano e o poético: Uma leitura de Seiva, veneno ou fruto, de Júlia De Carvalho Hansen JF - Letrônica JA - Letronica VL - 14 IS - 1 SE - Artigos DO - 10.15448/1984-4301.2021.1.37881 UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/letronica/article/view/37881 SP - e37881 AB - <p class="Standard">O presente artigo tem como objetivo apresentar uma leitura do livro de poemas <em>Seiva, veneno ou fruto</em>, da poeta paulistana Júlia de Carvalho Hansen ([2016] 2018), tendo como ponto de partida a maneira como espécies animais, vegetais e minerais aparecem nos versos. Para tanto, em um primeiro momento, trouxe ao debate as contribuições de Derrida (2002), acerca da relação com os animais na filosofia ocidental e na poesia. Encontrados pontos de contato entre os discursos – o poético e o filosófico –, emergiram igualmente diferenças, pelo fato de o autor dedicar suas elaborações apenas aos animais, e não a todos os seres. Seguindo o rastro deixado por tal distinção, o artigo volta-se para o perspectivismo ameríndio amazônico (VIVEIROS DE CASTRO, 2013a; 2013b), como forma de pensar estes signos, nos poemas, por uma outra cosmovisão, na qual os seres não humanos são entendidos enquanto sujeitos e, portanto, detentores de consciência e intencionalidade. Por fim, com o entrecruzamento de leituras, para além da reflexão sobre os seres não humanos no poema e da obra, o texto acaba por se defrontar com a própria palavra poética – este ser a deixar rastros.</p> ER -