O fenômeno natural da mística em Ernst Tugendhat
Abstract
O propósito desse texto é o de buscar uma resposta mais satisfatória para a questão sobre o aspecto que está na base da necessidade de religião e que tem conduzido os seres humanos a uma mística. A pedra de toque dessa investigação está na análise da estrutura predicativa da linguagem, apresentada pelo autor como sendo elemento fundamental para a caracterização do especificamente humano. A linguagem do homem o diferencia de todos os demais animais e o joga no espaço da deliberação, por conseguinte, numa situação de indecisão e desejo de paz de espírito. Dada a estrutura predicativa da linguagem humana somos capazes de nos distanciar dos objetos, de situações em que devemos agir e até de nós mesmos – nossas intenções. Desse modo, somos levados à duvida tanto sobre o que somos quanto sobre o que devemos ser. A linguagem predicativa, e o consequente pensamento instrumental, abre espaço para a deliberação, distanciando o homem de seu modo de vida e o levando a perguntar por razões para permanecer nele. Tugendhat aponta para a deliberação enquanto orientação para uma escala de valores, escolha não mais pautada pelo prazer ou pelas inclinações, ou seja, caminho para uma mística a qual o filósofo irá apresentar mediante uma perspectiva imanente.
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