Estudos Ibero-Americanos https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana <p>A revista <em>Estudos Ibero-Americanos (EIA)</em>, instituída em 1975, é a revista científica oficial do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Humanidades da PUCRS. É editada quadrimestralmente em plataforma eletrônica (ISSN 1980-864X), sob a direção da Edipucrs, com fluxo contínuo de submissão e publicação; e com avaliação Qualis/Capes A2 na área principal. (2017-2020) na área principal. O escopo primário da revista é publicar textos relativos à área de História, mas a publicação também aceita contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas, como Filosofia, Ciências Sociais e História da Educação. São publicados artigos originais, resenhas de artigos e entrevistas, aceitos nos idiomas <strong>português</strong>, <strong>espanhol</strong> e <strong>inglês</strong>, balizados pelas normas bibliográficas atualizadas da ABNT.</p> <p> </p> Editora da PUCRS - ediPUCRS pt-BR Estudos Ibero-Americanos 0101-4064 <p><strong>Direitos Autorais</strong></p><p>A submissão de originais para a <strong>Estudos Ibero-Americanos</strong> implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a <strong>Estudos Ibero-Americanos</strong> como o meio da publicação original.</p><p><strong>Licença Creative Commons</strong></p><p>Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_blank"><strong>Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</strong></a>, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.</p> A política portuguesa do Brasil para a revolução dos cravos https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/45513 <p>Este artigo examina a política externa do Brasil para a Revolução dos Cravos a partir das fontes diplomáticas. Enquanto a opinião pública internacional e diversas chancelarias foram surpreendidas pela Revolução dos Cravos, ainda em 1973, a diplomacia do Brasil fez uma sólida previsão, sustentando que Portugal passaria por bruscas e profundas mudanças. Não por acaso, o país foi o primeiro a reconhecer o novo regime. Com a derrubada do Estado Novo, a influência comunista e socialista foi acompanhada pela diplomacia brasileira, porém, ela não ingeriu nos assuntos internos de Portugal. O único encaminhamento controverso do governo brasileiro foi indicar Carlos Alberto da Fontoura, ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), para ser embaixador do Brasil em Lisboa, o que alvitrou protestos de vários grupos portugueses. A maior preocupação do governo brasileiro esteve no intercâmbio entre ativistas oposicionistas do regime civil-militar. Existia receio de que militantes portugueses viessem ao Brasil promover uma revolução e de que ativistas brasileiros fossem para Portugal promover campanhas de oposição contra o regime brasileiro. Em síntese, durante a revolução e a consolidação de um regime democrático e liberal, as relações bilaterais Brasil/Portugal foram cordiais e positivas, sem interferências de ambos os lados.</p> Tiago João José Alves Copyright (c) 2024 Tiago João José Alves http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-07-12 2024-07-12 50 1 e45513 e45513 10.15448/1980-864X.2024.1.45513 Mulheres na academia latino-americana https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/44895 <p>Este artigo discute a desigualdade de gênero enfrentada por pesquisadoras e professoras universitárias das ciências sociais em quatro países latino-americanos: Chile, México, Brasil e Argentina. O objetivo da pesquisa foi compreender as formas de discriminação que essas mulheres enfrentam em seu ambiente de trabalho e analisar como essas formas operam e impactam sua marginalização laboral. Buscou-se, também, caracterizar as dificuldades enfrentadas pelas acadêmicas em conciliar suas responsabilidades reprodutivas e de cuidado com a prática profissional. O texto apresenta, primeiramente, o quadro teórico e define o conceito de desigualdade de gênero; na sequência, analisa a diferença de gênero na academia internacional, contrastando os dados mais recentes do Norte e do Sul globais sobre os obstáculos encontrados pelas mulheres em ambientes acadêmicos profissionais. Além disso, revisa estudos de caso no Chile, México, Brasil e Argentina e oferece uma caracterização do problema nestes países e, por fim, discorre sobre quatro conclusões analítico- -interpretativas.</p> Menara Guizardi Herminia Gonzálvez Carolina Stefoni Copyright (c) 2024 Menara Guizardi, Herminia Gonzálvez , Carolina Stefoni http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-07 2024-03-07 50 1 e44895 e44895 10.15448/1980-864X.2024.1.44895 O neofascismo italiano entre a ruptura e o mito nostálgico de Mussolini https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/44741 <p>Poucos meses depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o neofascismo italiano reorganizou-se em um partido, o Movimento Social Italiano (1946-1995), herdeiro direto da tradição fascista. Neste texto analisaremos como se deram as rupturas no neofascismo italiano considerando três momentos principais: o contexto de migração de ex fascistas para o comunismo ou para a democracia cristã; as disputas entre as correntes internas do MSI: o centro conservador majoritário, a inspiração republicana revolucionária de Saló e o fascismo espiritualista de Julius Evola; por fim, a normalização do MSI na vida política como nos anos 1990 e sua posterior dissolução. Ao longo da sua história, e mesmo na fase seguinte, a Aliança Nacional pós-fascista, o MSI questionou a doutrina fascista, sofreu contrastes internos, entre uma função estabilizadora em chave anticomunista e a práxis antisistema, mas dificilmente questionou o mito mussoliniano, que continua a influenciar a direita italiana.</p> Matteo Re Copyright (c) 2024 Matteo Re http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-30 2024-04-30 50 1 e44741 e44741 10.15448/1980-864X.2024.1.44741 Planificação econômica e estratégias de desenvolvimento durante os governos do MAS na Bolívia (2006-2019) https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/45546 <p>O artigo traz um balanço da política econômica dos governos do MAS, desde a ascensão de Evo Morales em 2006, à luz das antigas teorias desenvolvimentistas cepalinas – avaliando suas possíveis proximidades – e dos diálogos com as teses sobre a planificação econômica de caráter estatal e socialista. O objetivo foi debater se houve proximidades entre as estratégias de desenvolvimento econômico a partir do estado e um renascimento de antigas teses econômicas estatizantes e nacionalistas, ou se, de fato, houve a elaboração de uma nova e original estratégia de desenvolvimento de características comunitárias e autorreguláveis próxima do chamado “capitalismo andino”. A primeira parte do texto resgata discussões sobre os contextos históricos acerca de estratégias de desenvolvimento e planificação econômica na Bolívia e em outros países com desafios comuns. O texto apresenta uma análise não apenas da experiência boliviana desde a revolução de 1952 e a comuna de La Paz de 1971, mas, também das propostas sugeridas pelo MAS e seus principais dirigentes. Busca-se, em face dessas questões, examinar alguns dos resultados e balanços possíveis sobre as iniciativas econômicas dos governos do MAS a partir de 2006, tendo como referenciais principais o Plano Nacional de Desenvolvimento de 2007 e a nova constituição de 2009.</p> Everaldo de Oliveira Andrade Copyright (c) 2024 Everaldo de Oliveira Andrade http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-05-23 2024-05-23 50 1 e45546 e45546 10.15448/1980-864X.2024.1.45546 A pirotecnia nas festas limenhas da Virgem da Consolação (séculos XVII-XIX) https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/44878 <p>Desde que os fogos de artifício chegaram ao mundo europeu, não se passaram muitas décadas até sua implementação na América. Nesta transição, o fogo-de-artifício atingiu o patamar de ser um elemento essencial para evidenciar a importância das festas e qual era o seu apogeu. As crescentes irmandades fundadas em Lima após o III Conselho Provincial não eram alheias a esse fenômeno. Essas corporações faziam de tudo para usar fogos de artifício em suas festas, pois esse uso lhes dava engrandecimento festivo e posição social. Assim, vamos analisar como a irmandade indígena de Nuestra Señora de Consolação de Lima assistiu aos fogos de artifício ao longo de sua existência.</p> Ismael Jiménez Jiménez Copyright (c) 2024 Ismael Jiménez Jiménez http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-07-02 2024-07-02 50 1 e44878 e44878 10.15448/1980-864X.2024.1.44878 “Estas são plantas indígenas” https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/45952 <p>O artigo visa demarcar o acervo de conhecimentos indígenas sobre as plantas presentes na documentação produzida na viagem filosófica do naturalista luso-brasileiro Alexandre Rodrigues Ferreira pela Amazônia colonial portuguesa (1783-1792). A expedição científica percorreu os territórios das capitanias do Pará, São José do Rio Negro e Mato Grosso e Cuiabá e teve entre os seus objetivos inventariar a flora, a fauna, os minerais e as populações locais. Em campo, o naturalista recorreu aos saberes indígenas sobre as ervas, raízes, madeiras, palmeiras, procurando instrumentalizá-los para geração de riqueza para a Coroa portuguesa e/ou para a sobrevivência nos sertões. Os conhecimentos associados ao manejo indígena da natureza foram ainda incorporados aos interesses da história natural, em um momento em que a ciência moderna se estruturava com base na razão, observação e experimentação. Na arena historiográfica posta, dialoga-se com estudos interessados em pensar que o conhecimento científico ilustrado foi produzido a partir dos trânsitos/contatos recíprocos, embora marcados por relações de poder assimétricas, com sujeitos cuja pretensão era a de subalternizar.</p> <p> </p> Gabriela Berthou de Almeida Copyright (c) 2024 Gabriela Berthou de Almeida http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-07-11 2024-07-11 50 1 e45952 e45952 10.15448/1980-864X.2024.1.45952 A Falange Espanhola, a América Latina e a Guerra Civil Espanhola https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/44998 <p>Resenha de Velasco Martínez (2023) e Madueño<br />Álvarez, Velasco Martínez e Azcona Pastor (2021).</p> João Fábio Bertonha Copyright (c) 2024 João Fábio Bertonha http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-07-02 2024-07-02 50 1 e44998 e44998 10.15448/1980-864X.2024.1.44998