@article{Relly_2020, title={A agricultura e floresta dos alemães no Brasil: mobilidade, conhecimentos e transfers no Urwald (século XIX)}, volume={46}, url={https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/view/34021}, DOI={10.15448/1980-864X.2020.1.34021}, abstractNote={<p>Diferentemente dos aspectos mais propriamente culturais que subjazem a colonização rural teuto-brasileira dos séculos XIX e XX, os temas agrários e florestais permanecem estritamente localizados nas realidades ambientais e sociais do Brasil meridional. Vige como um discurso duradouro a impressão de que as práticas e conhecimentos agrícolas e silvestres dos colonizadores florestais teuto-brasileiros tivessem como origem as imposições da dimensão americana do processo migratório; logo, a ideia de ruptura dos sistemas agrários e de uso florestal se impôs sem maiores contestações. Neste artigo, objetivamos repensar estas suposições através do recurso ao conceito de transferências, embebido em uma roupagem de história ambiental e sob uma perspectiva particular da história do conhecimento, os conhecimentos de migrantes. Observa-se, assim, que o nascimento da agricultura florestal e ígnea teuto-brasileira também esteve associado aos saberes e práticas do mundo camponês alemão. Três vetores de transferência são com mais detalhes analisados: em primeiro lugar, o exercício de uma agricultura extensiva, carente de insumos de pecuária; segundamente, o recurso ao fogo como instrumento de conversão florestal e fertilização; e, por fim, a adoção de cultivares nativos pelas populações rurais teuto-brasileiras. Esses fluxos específicos permitem afirmar a mobilidade e conexão de conhecimentos e práticas silvestres e agrícolas entre Brasil e Alemanha. Assim, antes de ser um evento especificamente americano, a agricultura teuto-brasileira se revestiu de intensos hibridismos, marcados por fenômenos de transferência.</p>}, number={1}, journal={Estudos Ibero-Americanos}, author={Relly, Eduardo}, year={2020}, month={abr.}, pages={e34021} }