Notas preliminares de uma crítica feminista aos programas de transferência direta de renda – o caso do Bolsa Família no Brasil

Autores

  • Simone Gomes Université Paris 7 - Denis Diderot

Palavras-chave:

Programa Bolsa Família. Feminismo. Regulação

Resumo

Nos últimos anos, os programas de “luta contra a pobreza” e transferência direta de renda estão presentes na maioria dos países latino-americanos. A partir do primeiro ano de governo do presidente Lula (2003), o Brasil enfatiza esta forma de política social, ao unificar diferentes modelos de transferência do governo anterior (1995-2002) em um só programa: o Bolsa Família. O artigo em questão busca expor a crítica da regulação da pobreza e o impacto das condicionalidades referentes a esta lógica de intervenção na reprodução social de um grupo específico. A relação entre o Estado e as mulheres – responsáveis únicas pelo sustento financeiro de suas casas e, majoritariamente, as maiores beneficiárias destes programas – é caracterizada por atravessamentos em termos de classe social, gênero e raça. Ao apresentar a perspectiva feminista, o artigo procura abrir uma série de questões ao analisar como as condicionalidades impostas pelo Programa Bolsa Família tendem a naturalizar o papel reprodutivo das mulheres na sociedade brasileira, limitando seu espaço de agenciamento e emancipação.

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Biografia do Autor

Simone Gomes, Université Paris 7 - Denis Diderot

Psicóloga, mestre em Psicologia Social pela UERJ. Mestranda em Sociologia pela Université Paris 7 – Denis Diderot, Paris.

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Publicado

2011-07-14

Como Citar

Gomes, S. (2011). Notas preliminares de uma crítica feminista aos programas de transferência direta de renda – o caso do Bolsa Família no Brasil. Textos & Contextos (Porto Alegre), 10(1), 69–81. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/8560

Edição

Seção

Proteção Social: assistência social e previdência