“A cozinha é o coração da casa”
Conversando sobre gênero e sexualidade com a equipe de uma unidade de saúde
DOI:
https://doi.org/10.15448/1677-9509.2021.1.38940Palavras-chave:
Gênero e Sexualidade, Atenção Primária à Saúde, Conservadorismo, Cotidiano, Agnes HellerResumo
O presente texto é fruto de investigação científica realizada em pós-graduação na área da saúde pública, cujo objetivo foi analisar como os temas de gênero e de sexualidade aparecem nas narrativas dos trabalhadores de uma unidade de saúde que atuam com saúde da família e da comunidade. A metodologia, fundamentalmente qualitativa, procurou acionar reflexões a partir de notícias e de imagens deixadas nas mesas da cozinha da unidade de saúde, onde ocorreram “encontros do cotidiano”. O estudo revelou que essas temáticas se conectam com diferentes dimensões da vida dos sujeitos – entre elas a dimensão afetiva, responsável por mobilizar narrativas moralizadoras e conservadoras próprias do espaço do cotidiano a respeito do tema de gênero e de sexualidade. A intenção da pesquisa foi também demonstrar que o espaço do cotidiano é potente para a realização de metodologias de educação mais conectadas ao conhecimento popular e, por isso, mais transformadoras de comportamentos preconceituosos e conservadores.
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