A ressignificação da luta de classes: um olhar sócio-histórico sobre Que Horas ela Volta?

Autores

  • Mayara Luma Assmar Correia Maia Lobato Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP)

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3710.2017.1.23924

Palavras-chave:

Comunicação, Cinema, História, Transformações sociais, Nova classe média brasileira.

Resumo

Neste artigo, pretende-se traçar um paralelo histórico entre questões do fim do século XVIII e dos primeiros anos do século XXI, a partir da observação da narrativa do filme Que Horas ela Volta?. A produção retrata a imbricada relação, profissional e afetiva, que envolve o trabalho doméstico no Brasil e as atuais transformações socioeconômicas que o país vive. O objetivo é demonstrar que, assim como no passado, quando a burguesia ascendeu e gerou incômodo na aristocracia, hoje a nova classe média começa a ocupar diferentes espaços na vida social, gerando conflitos que se refletem, também, nas representações do cinema contemporâneo. Com base em autores como Hobsbawm, Elias, Berman, Moretti e Veblen, propõe-se um paralelismo entre dois momentos históricos, que salta aos olhos ao examinarmos a construção dos personagens da obra.

Biografia do Autor

Mayara Luma Assmar Correia Maia Lobato, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP)

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP). Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (2012). Jornalista graduada pela Universidade da Amazônia (2009). Professora dos cursos de Comunicação Social do FIAM-FAAM - Centro Universitário (São Paulo), pertencente ao Complexo Educacional FMU-FIAM-FAAM. Autora do livro "Revistas femininas e espetáculo: Imagem, consumo e representação do universo feminino nos discursos de Nova e Vogue" (2014). Experiências profissionais nas áreas de jornalismo impresso (revistas), comunicação corporativa e assessoria de imprensa. Interesse pelas áreas de estudos editoriais e de gênero, teorias da comunicação, história da imprensa, imprensa feminina e estudos sobre espetáculo, pós-modernidade e socialidades contemporâneas.

Referências

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Referências audiovisuais

MUYLAERT, Anna. Que horas ela volta? [Filme]. Produção de Guel Arraes, Claudia Büschel, Caio Gullane, Fabiano Gullane, Débora Ivanov, Gabriel Lacerda, Anna Muylaert, Jair Neto e Gabriela Tocchio, direção de Anna Muylaert. Rio de Janeiro, Globo Filmes, Gullane Filmes e África Filmes, 2015. 112min. Colorido. Sonoro.

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Publicado

2017-09-10

Edição

Seção

Artigos