@article{Waki_2022, title={Oscar Wilde e a Escrita do Cárcere}, volume={57}, url={https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/43089}, DOI={10.15448/1984-7726.2022.1.43089}, abstractNote={<p>Este artigo examina textos que Oscar Wilde (1854-1900) escreveu durante sua pena em Reading Gaol (1895-1897) à luz de teorias contemporâneas sobre a escrita do cárcere a fim de identificar como a rotina e a crueldade de seu confinamento o levaram a novas formas de saber sobre si mesmo – em particular, à sua constatação de uma semelhança entre o seu sofrimento e o sofrimento de Cristo. Este artigo irá mostrar como essa constatação consiste em um processo autoconsciente de reconcepção de si mesmo – isto é, um processo segundo o qual ele toma consciência não apenas do sujeito que era antes de ser condenado, mas também do sujeito no qual está se tornando sob as pressões de um poder punitivo e disciplinar. Tal discussão será centrada na sua carta confessional <em>De Profundis</em>, mas também serão examinados textos seus menos discutidos no meio acadêmico brasileiro, como <em>Children in Prison and Other Cruelties of Prison Life</em>, ensaio que enviou ao editor do Daily Chronicle após sua libertação para denunciar a crueldade com que a prisão em que estava tendia a punir os internos mais jovens. Para além de examinar textos seus ainda subanalisados em relação às suas obras de ficção e poesia, este artigo busca expor uma dimensão da sua personalidade que, sujeita ao cotidiano e às pressões de um sistema carcerário, mostra-se muito mais frágil e dócil do que a do mordaz dândi e a do artista estrela cujas excentricidades acabaram por fazer com que a justiça vitoriana enfim o condenasse à prisão por indecência.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>}, number={1}, journal={Letras de Hoje}, author={Waki, Fábio}, year={2022}, month={out.}, pages={e43089} }