Sono, estado nutricional e hábitos de vida de caminhoneiros

Autores

  • Patricia De Paris Faculdade Cenecista de Bento Gonçalves
  • Greice Grandi
  • Josiane Siviero
  • Fernanda Bissigo Pereira

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2013.3.13000

Palavras-chave:

estado nutricional, sono, comportamento alimentar

Resumo

Objetivo: Avaliar o período de sono, o estado nutricional e os hábitos de vida dos caminhoneiros do município de Veranópolis/RS.

Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo, transversal com dados secundários de uma amostra de conveniência de 100 caminhoneiros entre 21 e 60 anos. Estudou-se variáveis sociodemográficas, de hábitos de vida, relato de doença crônica não transmissível (DCNT), uso de medicamentos para dormir ou para tratamento de saúde, questões sobre as práticas alimentares e parâmetros antropométricos. Os dados foram analisados por estatística descritiva e analítica pelo programa SPSS® com nível de significância de 5%.

Resultados: A idade média dos caminhoneiros foi 38,5±10,2 anos. A maioria dorme 6,0±1,4 horas/dia, apresenta-se com sobrepeso e obesidade (82%) e risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (69%). O tempo de sono teve associação com o colesterol total e o diabete mellitus. A média de refeições realizadas por dia foi de 3,4±0,9, prevalecendo o café da manhã, o almoço e o jantar. Caminhoneiros que dormem a semana inteira em casa realizam o café da manhã, o almoço e o jantar em suas residências, enquanto aqueles que dormem de 1 a 5 dias fora de casa realizam o almoço e o jantar em restaurantes. Houve associação significativa da faixa etária (p=0,044), consumo de bebidas alcoólicas (p=0,020) e realização de lanche da tarde (p=0,013) com dormir após o almoço; e dos obesos com a presença de hipertensão (p=0,035).

Conclusão: O sobrepeso e a obesidade caracterizaram o estado nutricional dos caminhoneiros. O sono associou-se com as DCNT. A maioria realiza três refeições diárias, não pratica exercícios físicos e não é tabagista, porém, tem o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.

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Publicado

2013-12-16

Edição

Seção

Artigos Originais