Partido de Representação Popular (PRP): apenas o Integralismo sob nova roupagem?

Autores

  • Marcos Paulo Reis Quadros PUCRS

Palavras-chave:

Integralismo, Antissistemismo, PRP, Ressignificação

Resumo

O artigo analisa se o Partido de Representação Popular (PRP) de fato inaugurou um pensamento político distinto ou se, pelo contrário, sua criação apenas ressignificou a antiga Ação Integralista Brasileira (AIB), adaptando-a em face da nova conjuntura política imposta pela redemocratização (1945-1964). Para tanto, ancora-se em trabalhos referenciais sobre o assunto, no estudo da ideologia forjada por Plínio Salgado antes e depois da Segunda Guerra Mundial e em posicionamentos políticos adotados pelos dois movimentos, apontando similaridades e diferenças. Nesse sentido, assinala que a AIB exerceu significativo protagonismo político no Brasil durante a década de 1930, propondo um antissistemismo de tendências centrífugas, com caráter fascista, simultaneamente anticapitalista e anticomunista. O PRP, em contrapartida, foi um agente secundário no cenário do pós-guerra. O partido afasta de seu ideário as concepções antissistêmicas do integralismo, acata a disputa eleitoral democrática e passa a enfatizar elementos como o espiritualismo e a “democracia cristã”. Essa mutação fragiliza a ideia, levantada por Calil (2001), de que o PRP seria apenas uma nova roupagem para encobrir o integralismo. Palavras-chave: Integralismo, Antissistemismo, PRP, Ressignificação.

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Biografia do Autor

Marcos Paulo Reis Quadros, PUCRS

Graduado em Ciência Política (ULBRA), especialista em História do Brasil Contemporâneo (FAPA) e mestrando em Ciências Sociais (PUCRS). Professor do curso de Ciência Política da Faculdade América Latina (FAL).

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Publicado

2011-08-02

Como Citar

Reis Quadros, M. P. (2011). Partido de Representação Popular (PRP): apenas o Integralismo sob nova roupagem?. Oficina Do Historiador, 3(2), 78–92. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/oficinadohistoriador/article/view/9069

Edição

Seção

Artigos