A perseguição aos brasileiros exilados no Chile após o golpe civil-militar de 11 de setembro de 1973
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2022.1.41828Palavras-chave:
Repressão, Brasil, ChileResumo
Na fase imediatamente posterior ao golpe civil-militar de 11 de setembro de 1973, as práticas de violência ilegais – como a tortura e o fuzilamento – empregadas por órgãos de segurança chilenos, atingiram a comunidade de brasileiros exilados no Chile. A ditadura de Segurança Nacional (SN) brasileira, ao invés de oferecer apoio a esses exilados, colaborou com as ações da Junta Militar chilena, encaminhando uma equipe de agentes para aquele país com dois objetivos principais: interrogar brasileiros presos em centros de detenção locais e ministrar cursos de especialização em táticas “eficientes” de tortura a militares e policiais chilenos. Estabeleceu-se assim uma rede de transmissão de know-how de práticas repressivas da ditadura brasileira à chilena que, posteriormente, irá estender-se aos países do Uruguai, Argentina e Paraguai, com a formação da Operação Condor, no ano de 1975. O objetivo das ditaduras de SN do Cone Sul com esse compartilhamento de informações e métodos ilícitos de violência estatal era atingir seus opositores políticos onde eles se encontrassem, em território nacional ou no exterior.
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