Prática batismal e os cuidados com o corpo e com a alma no Brasil colonial (séculos XVI e XVII)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-3748.2022.1.41788

Palavras-chave:

Religiosidade, Catolicismo no Brasil, História e Cultura Indígena

Resumo

O sacramento do batismo possui o objetivo de expurgar o pecado original da alma. No Brasil colonial, o batismo assumiu outros significados, além do original. Entre os séculos XVI e XVII, passou a ser visto como um instrumento de cura. Entre os índios, no entanto, a concepção teológica foi desvinculada do ritual propriamente dito, fazendo com que os gentios acreditassem que o batismo constituía, em si, um remédio contra os males do corpo. Durante o século XVI, em contrapartida, o primeiro sacramento da Igreja também assumiu outro significado entre os índios, antagônico ao anterior: passou a ser visto como um ritual que levava à morte. Neste conflito de visões, os padres e feiticeiros, dois tipos sociais que exerciam domínio tradicional nas suas respectivas comunidades, assumiram o protagonismo da difusão de cada uma dessas duas visões, competindo para conquistar adeptos entre os nativos. O objetivo deste artigo é mostrar a validade desta tese, através da exposição cronológica de fragmentos de cartas, vidas de santos e outros escritos do período colonial.

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Biografia do Autor

Lucas de Almeida Semeão, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São Paulo, SP, Brasil.

Mestre em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), em São Paulo, SP, Brasil. Doutorando em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), em São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2022-04-12

Como Citar

Semeão, L. de A. (2022). Prática batismal e os cuidados com o corpo e com a alma no Brasil colonial (séculos XVI e XVII). Oficina Do Historiador, 15(1), e41788. https://doi.org/10.15448/2178-3748.2022.1.41788

Edição

Seção

Artigos