Depois do golpe
O nacionalista Ivanilton Costa Santos na mira da repressão – Jacobina, BA
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2021.1.37900Palavras-chave:
Golpe civil-militar de 1964, Ivanilton Costa Santos, IPMResumo
O presente artigo traça o cenário pós-golpe civil-militar de 1964, analisando as primeiras ações empreendidas pelos militares do Comando Supremo da Revolução para conter o que eles chamavam de “subversão comunista” no País, especialmente com a implementação da medida autoritária chamado de Ato Institucional n.º 1, em abril de 1964. Buscamos compreender como essas medidas repressivas se consolidaram na prática no estado da Bahia, através das instaurações de Inquéritos Policiais-Militares (IPMs) que objetivavam promover uma devassa na vida de pessoas e de instituições públicas. Por fim, analisamos com maior detalhe e acuidade o baiano, advogado e professor Ivanilton Costa Santos nos autos do IPM n.º 27/64, as suas ideias, a sua relação com a esquerda, em especial o nacionalismo e seu pensamento sobre o País. Portanto, percebemos que as perseguições e o modos operandi militar foi significativo no interior baiano e também em pessoas comuns que, neste caso específico, não tinham qualquer relação com o “comunismo” ou “atos subversivos” sustentados pelos militares.
Downloads
Referências
ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis: Vozes, 1984.
BARRETO, Iracema Santos [Correspondência]. Destinatário: Ivanilton Costa Santos. Jacobina, 3 de ago. 1964. 1 carta.
COMO se contra a história da Revolução em Jacobina. A Tarde, Salvador, 15 maio 1964, p. 12.
CZAJKA, Rodrigo. Esses chamados intelectuais de esquerda: o IPM do PCB e o fenômeno do comunismo na produção cultural do pós-golpe. Antíteses, Londrina, v. 8, n. 15, p. 219-242, jan./jun. 2015. https://doi.org/10.5433/1984-3356.2015v8n15p219.
FERREIRA, Jorge. João Goulart: uma biografia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
FERREIRA, Muniz. O Golpe de Estado de 1964 na Bahia. Clio, Recife, v. 22, n. 1, p. 85-101, jan./jun. 2004.
FICO, Carlos. O Golpe de 1964: momentos decisivos. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2014.
FICO, Carlos. História do Tempo Presente, eventos traumáticos e documentos sensíveis: o caso brasileiro. Varia História, Belo Horizonte, v. 28, n. 47, p. 43-59, jan./jun. 2012. https://doi.org/10.1590/S0104-87752012000100003.
INQUÉRITO Policial-Militar nº 27. Salvador: 6ª Região Militar, 1964.
OLIVEIRA, Hebert Santos. Frente Nacionalista e Grupos dos Onze: Nacionalismo de esquerda, política e repressão em Jacobina-BA (1963-1966). Dissertação (Mestrado em História) -- UFBA, Salvador, 2017.
REIS, Daniel Aarão. Ditadura e democracia no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
SILVA, Paulo Santos. Âncoras de tradição: luta política, intelectuais e construção do discurso histórico na Bahia, 1930-1949. Salvador: Edufba, 2000.
TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. Salvador: Edunesp, 2001.
THIESEN, Icléia. Documentos “Sensíveis”: produção, retenção, apropriação. TPBCI, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p.1-15, fev. 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Oficina do Historiador
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Oficina do Historiador implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Oficina do Historiador como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.