O CPERS, o petismo e a Assembleia Legislativa Gaúcha
Disputas em torno da representação do movimento sindical do professorado gaúcho e sua ligação com o Partido dos Trabalhadores durante o governo Olívio Dutra no Rio Grande do Sul (1999-2002)
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3748.2020.2.33627Palavras-chave:
Governo Olívio Dutra, Assembleia Legislativa, CPERSResumo
O nosso objetivo neste artigo é analisar de que maneira a oposição procurou explorar a relação entre o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) e o Governo do Estado no período em que Olívio Dutra (Partido dos Trabalhadores – PT) comandou o executivo do Rio Grande do Sul. Para isso, utilizamos as fontes jornalísticas (jornais Correio do Povo e Zero Hora) e discursos proferidos pelos parlamentares na tribuna da Assembleia Legislativa gaúcha (1999-2002). Para essa análise, nos apoiamos no aporte teórico da sociologia bourdesiana para compreender a luta simbólica entre as bancadas e seus agentes. Partimos da premissa de que o Governo era minoritário no parlamento e, por isso, tinha que enfrentar uma oposição que visava reverter a ascensão do PT no campo político regional. Além disso, consideramos o fato de os movimentos sociais servirem como um importante recurso do microcosmo governista, que proporcionou a conversão em capital político para ela, explicando parte de sua ascensão apesar da origem extraparlamentar do partido no período da redemocratização.
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