RELAÇÕES DE RECIPROCIDADE: O DESEMPENHO MILITAR NA LÓGICA DE ARRECADAÇÃO DE RECURSOS- GUERRA CONTRA ARTIGAS (1811-1820)

Autores

  • Mariana Milbradt Corrêa Universidade Federal de Santa Maria

Palavras-chave:

Relações de reciprocidade. Cabedais militares. Guerra contra Artigas.

Resumo

Este artigo é um estudo de correspondências que narravam enfrentamentos armados durante o período relativo à Guerra contra Artigas (1811-1820) nos confins meridionais do Império Português na América. O trabalho é feito através da análise de correspondências pertencente ao Fundo Guerra do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Selecionamos ofícios em que os comandantes de campo narravam às vitórias obtidas contra as tropas de Artigas. Interrogamos as implicações da presença nesses relatos de uma exaltação dos comandantes e regimentos militares vitoriosos. Diante da endemia bélica que vivia essa região à época analisada, consideramos que um estudo dos sucessos militares, que permitiram ao Império Português se estender, conquistar e garantir o domínio de suas fronteiras é essencial para compreender uma das formas de conquista de poder nessa sociedade, e as relações que se fundavam no bom desempenho na guerra. Mais do que um procedimento comum, as consagrações presentes nas cartas parecem ter um sentido, inserindo-se em uma lógica de relações de reciprocidade, na qual a elite militar ao mesmo tempo em que lutava em nome de Sua Majestade e sustentava a fronteira do império português angariava para si terras e prestígio que permitiam a reprodução da mesma lógica regionalmente. Essa analise parte do projeto financiado pelo CNPQ: Potentados regionais, sociedade e construção do Estado no Brasil: um estudo a partir da fronteira meridional (1811-1865), coordenado por Luís A. Farinatti.

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Publicado

2014-10-18

Como Citar

Milbradt Corrêa, M. (2014). RELAÇÕES DE RECIPROCIDADE: O DESEMPENHO MILITAR NA LÓGICA DE ARRECADAÇÃO DE RECURSOS- GUERRA CONTRA ARTIGAS (1811-1820). Oficina Do Historiador, 2109–2122. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/oficinadohistoriador/article/view/19060