Cena e obsceno em O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4276.2020.2.36995

Palavras-chave:

O beijo no asfalto, Nelson Rodrigues, Cena, Obsceno, Teatro

Resumo

Este artigo propõe uma análise da peça O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues, sob a ótica dos conceitos de cena e de obscenidade. Essa peça se estrutura em torno de um escândalo causado pelo fato de o personagem Arandir beijar um homem que agonizava no asfalto após ser atropelado, o que feria os códigos morais instituídos à época. Contudo, observa-se que, na peça, esse escândalo não está relacionado apenas com a transgressão moral, mas principalmente com a própria encenação. Nesse sentido, nota-se que a peça agencia diversas encenações, as quais são apresentadas como elementos constituintes da ordem social. Assim, a obscenidade advinda das diversas encenações que se sobrepõem parecem colocar em jogo o fato de se estar dentro/fora de cena, ou do acúmulo de representações.

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Biografia do Autor

Jonatas Aparecido Guimarães, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), Patrocínio, MG, Brasil

Professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM). Dedica-se aos estudos do personagem, do sujeito e da máscara nas literaturas modernas e contemporâneas.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Guimarães, J. A. (2020). Cena e obsceno em O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues. Navegações, 13(2), e36995. https://doi.org/10.15448/1983-4276.2020.2.36995

Edição

Seção

Artigos