Os ratos: uma trama de ponteiros, pontuações e negócios
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4276.2019.1.27216Palavras-chave:
Os ratos. Dyonelio Machado. Sinais de pontuação. Forma literária. Processo social.Resumo
O objetivo desse ensaio é analisar o uso dos sinais de pontuação e o da dimensão gráfica de Os ratos (1935), de Dyonelio Machado, como forma de esclarecimento das relações sociais entre narrador e personagem (a diferença de classe), dos personagens entre si (as trocas de favor) e segundo a expressão da subjetividade de Naziazeno (as consequências psicológicas da mecânica do dinheiro). O foco é a pesquisa das nuances de sentidos do texto, a partir do emprego da pontuação e dos seus efeitos em uma determinada cena ou frase – sem perder de vista o resultado geral da obra e os impasses histórico-sociais aos quais o estético responde. Para tanto, é examinado principalmente o aproveitamento das aspas, dos itálicos, das reticências e das exclamações. Nesse sentido, a formalização do romance e a maneira que ela internaliza e reflete os dilemas retratados são fundamentais para este estudo.
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